Historicamente, a discussão sobre a segurança alimentar se faz presente na sociedade brasileira, passando, assim, por diversos momentos, como a icônica cena do ex-presidente Figueiredo cuspindo leite de soja nos microfones e como as fraudes de desvio de merenda. Nos dias atuais, os grandes vetores da insegurança alimentar são a fome e a alimentação não-saudável. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE-, a pobreza extrema no Brasil aumentou nos anos de 2016 a 2017, cerca de 11%. Nesse contexto, percebe-se que a realidade, de uma grande parte de brasileiros, submissos a pobreza, é de um ambiente muito vulnerável a fome, exemplificando, assim, uma das grandes contrariedades da segurança alimentar no contexto brasileiro. Ademais, a alimentação não-saudável é um importante fomentador desse problema. Nessa perspectiva, a disseminação de agrotóxicos e transgênicos oriundos da Revolução Verde, a qual buscava diminuir a situação de fome. Entretanto, essa revolução aumentou a toxicidade e desnaturação dos alimentos, gerando a contaminação de águas e solos, provocando diversos problemas a saúde populacional, além de não ter resolvido o problema da fome. Infere-se que a fome e a desnaturalização alimentar são, portanto, grandes vetores da insegurança alimentar. Desse modo, para evitar esses problemas, é necessário o incentivo a pesquisa para a solução e entendimento do problema, como as campanhas ofertadas pela Agência Pública e Oxfam Brasil, além disso, faz-se necessários programas governamentais para auxílio as pessoas necessitadas, como o Bolsa Família.