É indubitável que a forma de alimentação de uma sociedade é mais do que um problema de saúde, como também político. Consoante o médico Lair Ribeiro, se não houver tempo para o cuidado da saúde, o cidadão necessitará de tempo para cuidar de sua doença. Destarte, no que tange à sociedade brasileira, a efetivação da segurança alimentar esbarra em planos de produção que, muitas vezes, é idealizada em exportações com base em insumos artificiais, as quais vêm sendo debatidas na busca de uma mitigação do problema. De início, cabe pontuar que o mercado de produção não é alinhado às necessidades da população. Na década de 1950, com as disputas da Guerra Fria, a Revolução Verde possibilitou que a produção fosse garantida para fomentar grandes quantidades de commodities para um mercado ativo e diplomático com países como o Brasil que, em pleno Regime Militar, abriu sua economia para o mercado externo. À vista disso, é explicável a alta penetrabilidade dos industrializados em regiões mais remotas do Brasil e a falta de competitividade com os produtos orgânicos. Assim, para se criar uma alimentação segura, é necessário garantir uma educação alimentar e um incentivo à sua produção, assim como sua distribuição de forma barata aos mercados. Além do mais, é importante ressaltar que há importantes ideologias fundamentadas na segurança e na qualidade do alimento. O Protocolo de Cartagena, em 2000, possibilitou que a utilização de OGM'S, Organismos Geneticamente Modificados, fosse veemente mais fiscalizada, em detrimento de uma população mais rigorosa com a biossegurança. Dessa forma, movimentos como o Vegetarianismo e o Veganismo ganharam força e capacitaram a população a uma melhor alimentação, mesmo que criticadas por sua baixa reserva proteica. Sendo assim, é notório que essas propostas alteraram a forma de se entender o alimento, possibilitando, assim, que as indústrias façam alterações dos seus produtos, como a valorização de produtos "Lights" e "Fitness". Fica evidente, portanto, que as Indústrias, assim como o pensamento de Lair, devem priorizar a saúde do seu cliente. Para tanto, é dever do Ministério da Saúde, em comunhão das grandes distribuidoras, atentar aos consumidores sobre a compra de produtos Transgênicos com grandes símbolos chamativos no rótulo, de modo que as vendas sejam ministradas de consciência do consumidor, a fim de valorizar a produção e o consumo de itens orgânicos ou regionais, uma vez que, mesmo tendo uma alimentação desregulada, o cidadão terá uma alimentação mais segura.