Para garantir a segurança alimentar no Brasil, não basta que os governos atuem no combate contra a fome, a saber que existem níveis de insegurança alimentar que assolam as famílias brasileiras. Por outro lado, a indústria alimentícia compromete a integridade dos produtos devido aos riscos apresentados à saúde dos cidadãos, haja vista que, o Instituto Nacional do Câncer considera altamente cancerígenos alguns conservantes utilizados nos alimentos. É sabido que, a plena segurança alimentar só pode ser atingida com o acesso aos alimentos de qualidade, ao passo que, estejam em quantidade satisfatória para o indivíduo. Por esse motivo, o IBGE realizou estudos no país que revelam os diferentes níveis de insegurança enfrentados pelos brasileiros, logo, foram contatados três diferentes níveis, o primeiro (leve), é quando existe uma preocupação com o futuro, se no futuro haverá comida para a família; o segundo (moderado), seria quando há alimentos em quantidade limitada; o terceiro (grave), os membros familiares passam por privação de alimentos, cujo grau mais extremo é a fome. Dessa maneira, é possível analisar que os planos governamentais para erradicar a fome nacional não foram tão eficazes, afinal, os números inchados no segundo e no primeiro níveis de insegurança foram apenas uma mobilização dos indivíduos que foram supostamente retirados do cenário de fome. Ademais, outro fator que também representa a preocupação com os alimentos é a procedência deles, como são preparados e conservados. Vale ressaltar que, o problema não é o uso de agrotóxicos, mas, o excesso em que esses produtos são utilizados acarretam males à saúde, dentre eles, o câncer, como já afirmado pelo INCA. Além disso, o Instituto afirma que o nitrito é altamente cancerígeno, contudo, para diminuir a perda dos produtos, aumentar a validade e, principalmente, o lucro das empresas, alguns conservantes (até mesmo o nitrito) sempre foram adicionados e, agora, são associados a doenças, como obesidade. Ou seja, se os conservantes são capazes de interferir e até matar bactérias e outros micro-organismos, o que eles fazem dentro do organismo humano é uma pergunta de múltiplas respostas. Como se não bastasse, os brasileiros que buscam um meio de abandonar esse ciclo e optam por alimentos orgânicos, são obrigados a retornar, em detrimento do elevado custo dos alimentos livres de produtos químicos. Infere-se, portanto, para garantir a segurança alimentar no Brasil, cabe ao Governo Federal aumentar os auxílios destinados às famílias de baixa renda, por meio de decretos que garantam esse reajuste, somente assim, será possível reduzir as mazelas que ocupam os diferentes níveis de insegurança alimentar. Para mais, o Ministério da Agricultura deve investir, por meio de licitações, nos pequenos agricultores orgânicos, afim de capacitá-los e minimizar o custo da produção, dessa forma, os produtos chegarão aos supermercados por um valor acessível às famílias. Só então, será estabelecida a segurança alimentar no país.