Com os avanços tecnológicos que ocorreram nas Revoluções Industriais a população mundial passou a presenciar uma grande explosão demográfica, o que ocasionou, consequentemente, em uma maior necessidade de recursos alimentícios. Sendo assim, tendo em vista essa questão, se fez necessário um aumento diretamente proporcional na produção de alimentos, o que propiciou o uso de técnicas para plantio e o emprego de compostos químicos, tanto para as lavouras quanto para animais de abate. Porém, no Brasil, o uso descontrolado dessas técnicas traz uma insegurança ao consumidor, vendo que elas podem gerar problemas ambientais e à saúde. Em primeiro plano, vale considerar que o Brasil é o país que mais utiliza agrotóxicos no mundo, segundo o INCA. Com isso, fica claro que com a influência de fatores naturais, como chuva e vento, esses compostos químicos são arrastados para outros terrenos e rios, o que acaba causando uma bioacumulação nos seres vivos e contaminando toda cadeia alimentar que ele se faz presente. Isso mostra que, mesmo quem escolhe se alimentar de uma forma isenta de agrotóxicos, acaba que, indiretamente, consumindo através de peixes contaminados pela água ou plantios próximos a grandes lavouras que são atingidos com esses produtos tóxicos. Em segundo plano, é preciso observar também que a busca pelo “super alimento” pode acarretar diversas consequências para à saúde humana. Na mesma linha de raciocínio, de acordo com a OMS, entre os países desenvolvidos, os agrotóxicos causam, anualmente, 70 mil intoxicações. Além disso, problemas neurológicos, como o Mal de Alzheimer e também o desenvolvimento de TDAH estão associados ao consumo de alimentos contaminados. De certo, fica evidente que o Brasil, como grande produtor agrícola, não garante à população uma segurança alimentar, tendo em vista que o país é um dos que mais utiliza produtos químicos em lavouras. Portanto, se faz necessário tomar medidas para reverter essa situação. Logo, cabe ao Governo Federal aumentar as taxas tributárias sob a venda de inseticidas e disponibilizar cursos gratuitos que auxilie o produtor a usar corretamente os produtos químicos dentro dos limites nas plantações, para que dessa forma amenize os danos causados ao ambiente e à saúde. Adjacente a isso, é dever da EMBRAPA, através de incentivos fiscais, incentivar a prática do controle biológico de pragas, para que não seja necessário o uso exacerbado de produtos tóxicos nas lavouras, e dessa forma garanta a produção de um alimento mais saudável ao consumidor.