Conforme o filósofo Aristóteles, a felicidade individual é uma consequência do coletivo pleno. Essa ideia pode está relacionada com a questão da segurança alimentar no Brasil, a partir do momento em que esse direito garantido por lei - a alimentação de qualidade – não atende grande parte da população. Por isso, cabe discutir tal problemática e seus efeitos no Brasil moderno. Em primeiro plano, vale salientar que o Artigo 6° da Carta Magna brasileira garante a todos os cidadãos o direito a alimentação de qualidade. Não obstante, percebe-se o descaso do governo com os indivíduos que passam por necessidades alimentícias, haja vista que cerca de 65 milhões de pessoas não ingerem a quantidade mínima de calorias diária. Assim, os preços abusivos e a concentração fundiária e de renda são um dos motivos para a falta de uma alimentação de qualidade e, consequentemente, para a fome no Brasil. Outrossim, o uso demasiado de agrotóxicos e transgênicos vem colocando a qualidade dos alimentos em risco. Percebe-se que, com o grande desenvolvimento dos transgênicos, os agricultores são obrigados a utilizar agrotóxicos cada vez mais agressivos. Dessa forma, esses alimentos quando consumidos podem causar na população doenças como cânceres, má-formação congênita e distúrbios endócrinos. Assim, o alimento vem perdendo seu caráter sustentável e cultural e se tornando uma mercadoria a qual não visa a sobrevivência e a qualidade alimentícia. Logo, perante o exposto, é evidente que a segurança alimentar é um direito de todos os indivíduos e que merece a devida atenção dos órgãos governamentais. Sendo assim, torna-se mister que o Governo, aliado ao Ministério da Agricultura, promova uma maior investigação acerca da quantidade de agrotóxicos utilizados nos alimentos, estabelecendo medidas as quais não ofereçam risco a saúde, e desenvolva projetos de distribuição alimentícia para aqueles que passam fome, a fim de reduzir a grande quantidade de brasileiros nessa situação. Ademais, compete ao Ministério da Saúde promover campanhas e projetos nas diversas instituições sociais, como escolas e comunidades, que mostrem a importância das práticas alimentares promotoras da saúde e do consumo de alimentos de qualidade. Desse jeito, a plenitude aristotélica será alcançada.