Em várias cenas da série “13 Reasons Why”, é possível perceber um grande contingente de jovens norte-americanos se alimentando diariamente de “fast food”, isto é, uma situação social de insegurança alimentar, pois a má alimentação é um dos fatores determinantes desse estado. Ademais, no Brasil, a situação não é muito diferente. Sabe-se que há deficiências na promoção da segurança alimentar devido, principalmente, aos entraves dos transportes urbanos e poder persuasivo midiático. Em um primeiro plano, observa-se que a dificuldade da mobilidade urbana, em especial nos grandes centros urbanos, determina a insegurança alimentar de estudantes e trabalhadores. Nesse sentido, em decorrência da lentidão do transporte urbano – por causa do excesso de carros particulares –, a qual proporciona muitas horas de espera no trânsito, faz com que as pessoas não tenham tempo para consumir uma alimentação saudável. Dessa maneira, esses cidadãos, por sua vez, acabam sendo obrigados a se alimentar de “fast food” ou de outros produtos industrializados que prejudicam a saúde. Destarte, a atenção governamental nessa área é de suma importância. Em um segundo plano, pode-se afirmar que as mídias são agentes personificadores dos produtos industrializados as quais induzem a população ao consumo em massa dessas mercadorias. Nesse ângulo, nota-se o uso frequente de recursos sinestésicos e audiovisuais que estimulam o consumo, como as propagandas dos hambúrgueres do “McDonald’s”. Entretanto, esses alimentos contêm muita quantidade de gorduras hidrogenadas que podem levar à obesidade, diminuição do HDL – vulgo “colesterol bom” – e aumento do LDL – conhecido como “colesterol ruim” – o qual estimula o surgimento de problemas cardiovasculares. Dessa forma, uma racionalidade crítica de consumismo perante a função apelativa da mídia é importante. Fica evidente, portanto, a necessidade de medidas que contribuem com a promoção da segurança alimentar no Brasil. Sendo assim, é preciso que o Ministério dos Transportes, juntamente com o Governo Federal, invistam mais no transporte ferroviário, por meio da criação de mais ferrovias nos grandes centros urbanos, pois é um transporte rápido e de massa, a fim de que as pessoas tenham mais tempo ocioso para buscar uma alimentação saudável. Além disso, é essencial que os centros educacionais, ao lado de psicólogos, proporcionem palestras, por intermédio de conteúdos que visem à racionalidade consumidora, para que formem indivíduos não propensos ao estado de insegurança alimentar. Assim, com essas ações, poder-se-á um dia garantir a segurança alimentar no Brasil.