Título da redação:

Faca de dois gumes.

Tema de redação: Como garantir a segurança alimentar no Brasil

Redação enviada em 19/03/2018

Relativo às garantias da segurança alimentar no Brasil, é possível destacar tanto aspectos positivos quantos negativos. Se por um lado, o país participa de um acordo junto às Nações Unidas em combate à fome; por outro, vem fomentando o desrespeito a dado direito humano e permitindo que a insegurança alimentar se alastre por entre o território nacional. É possível afirmar que o Estado, junto a outras nações, enxergou melhor a situação da fome desde o fim da segunda grande guerra, devido ao vasto número de pessoas que enquadravam uma situação miserável conduzida pela violência. Prova disso é o acordo do país com a ONU – o qual viabilizou ações que tinham como fim a erradicação da fome no Brasil, com metas para 2015-; destaca-se, entre elas, o Programa Fome Zero, implantado em 2003 durante o governo Lula. No entanto, mesmo com o PFZ sendo um direito civil no país, à fome ainda é uma realidade brasileira em ascensão, promovida por ações deturpantes, às quais precisam ser veementemente sanadas. Junto a isso, pode-se dizer que os fatores que vem alimentando à miséria podem ser pontuados desde o alto escalão do estado: a corrupção. Segundo pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, em 2013, mais de sete milhões de brasileiros passavam fome; hoje, ultrapassa-se os 13 milhões de civis. Grande parte disso está acoplado ao alto índice de corrupção que o país vem sofrendo, causando uma gigantesca crise, promovendo desigualdade social, falta de emprego formal - nos colocando, mais uma vez, no mapa da fome da Organização Mundial das Nações Unidas. As maneiras para garantir a segurança alimentar no Brasil é, portanto, uma necessidade extrema e que precisa ser rapidamente vista como tal, com o intuito primeiro de promover o respeito, à dignidade e a vida. Partindo disso, faz-se necessário que o Estado, como primeiro agente, promova pesquisas a fim de verificar os pontos de maior incidência dos casos de fome, podendo, assim, criar estratégias para suprir, inicialmente, as necessidades básicas de tais civis. Além disso, solicitar ao ministério da fazenda ações políticas que incentivem à empregabilidade, minimizando, por ora, o número de pessoas em lamentável condição. Em consonância com isso, os poderes públicos precisam cobrar dos estados e municípios uma maior transparência em seus gastos e movimentos, com o intuito de minimizar gastos excessivos, os quais são fontes ativas da corrupção. Sabido isso, ter investimentos em políticas públicas voltadas às populações vulneráveis é imprescindível: como dizia o próprio governo, “quem tem fome, tem pressa.”