A atuação dos direitos humanos tem sido cada vez mais vigente na sociedade de diversos países assim como no Brasil. A indústria alimentícia move milhões de reais, visando sempre o seu lucro a partir de setores privados, que infelizmente se encaixam perfeitamente ao tipo de realidade presente nas mesas de diversas classes e etnias: come-se quem pode, come-se o que há no mercado, come-se por mais ansiedade do que necessidade, come-se mau. Infelizmente no país do futebol comer não fazer parte do que deveria ser o maior direito do ser humano. Pode-se dizer que um dos maiores vilões é a desigualdade social; porém culpa-la sem um embasamento é como deixar escapar o verdadeiro motivo. Habita-se em um país que o foco de investimento sempre foi para os mais favorecidos. As regiões áridas do Norte e Nordeste, assim como as periferias e comunidades das grandes cidades caem no esquecimento. Já que todos são obrigados a “dançar de acordo com a música”, que é a seguinte: Sem conhecimento não há emprego, sem emprego não há comida na mesa. Além de não haver alimentação, alimenta-se mau. As grandes redes de supermercados acabam comprando produtos da mídia não recomendados pelos médicos; mediante a lei da oferta e procura. Outra questão são os componentes orgânicos; por causa da longa transferência de mercadoria, assim como pragas na plantação possuem agrotóxicos. Outro ponto ainda, é a vida corrida das metrópoles, muitas pessoas não ingerem como se deve por priorizar o trabalho, gerando stress, insônia e até mesmo doenças como a gastrite, por exemplo. A ansiedade, uma das enfermidades do século, definida assim por psicólogos e até mesmo estudiosos como Bauman; Drauzio Varella, entre outros, também faz parte deste cenário. Consequenciando assim transtornos alimentares trabalhando em conjunto com ideais pela mídia. A obesidade no entanto, tem sido preocupante o seu alcance, estendeu-se até a China, tendo como principal razão, indústrias produtivas de alimentos cada vez mais ricos em açucares e menos em substancias favoráveis à saúde. Sempre há busca de uma solução. Nunca é apenas uma. Tudo depende de planejamento, investimento e interesses. Em relação aos mercados, programas de incentivo a hortas na cidade, geraria emprego e menos medidas de conservação para alimentos. A Biotecnologia poderia trabalhar em parceria a fim do extermínio de pragas que dificultam a vida do agricultor, que assim permanecesse na vida rural. Em contraponto, na cidade, sendo a propaganda a precursora de ideais estabelecidos, o seu conteúdo deveria ser melhor analisado e alterado. Em todos os lugares, no campo ou na metrópole todos tem o direito de comer bem.