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Redação sem título.

Tema de redação: Como enfrentar o dilema da nomofobia no Brasil

Redação enviada em 08/09/2017

A nova série Black Mirror é muito conhecida entre o público jovem por apresentar diversas temáticas recorrentes na atualidade. Isso porque ela relata claramente a relação de dependência entre seres humanos e os variados aparatos tecnológicos - cenário esse fidelíssimo à realidade. Dessa forma, nota-se que tal problemática demonstra o dilema da nomofobia no mundo, que vem aumentando o nível de alienação e de efemeridade nas relações interpessoais. É preciso ressaltar, antes de tudo, que, de acordo com a revista Time, cerca de 60% dos usuários de smartphones checam o celular a cada trinta minutos. Pode-se que dizer que esse contexto é gerado pela ansiedade de receber uma mensagem e, principalmente, pela quantidade de informações presentes nas redes sociais que se atualizam a cada segundo. Entretanto, ainda que haja um conhecimento excessivo de tais conteúdos, o indivíduo se torna fortemente alienado por acreditar em tudo que é visto online e não possuir, a partir disso, um caráter contestador e crítico. Ademais, percebe-se que há um aumento das relações baseadas na superficialidade, uma vez que o contato físico vem sendo substituído pelo virtual. Nesse contexto, o sociólogo Zygmunt Bauman relatou, no seu livro Modernidade Líquida, o quanto a comunicação interpessoal se tornou efêmera com o advento da terceira revolução industrial e da globalização. Sendo assim, enquanto houver a péssima insistência em manter os meios tecnológicos acima das conversas tradicionais, a interação humana estará cada vez mais robotizada. Para que haja, portanto, uma mudança desse cenário caótico no Brasil, é dever do Estado, junto as Organizações Sociais (OS), disponibilizar, em postos públicos, psicólogos que ajudem os indivíduos nomofóbicos a se livrarem do vício a fim de conquistarem uma rotina saudável. As escolas, por sua vez, devem criar rodas de debate que discutam e incentivem a importância da interação pessoal; alertar, além disso, sobre o perigo do exagero da tecnologia no cotidiano para que, por fim, os alunos possam se tornar mais conscientes acerca do assunto.