O advento da globalização alterou o cenário da comunicação simplificando e facilitando as relações socias através dos meios digitais. Contudo, o excessivo uso das redes sociais está substituindo a interação física e pessoal do indivíduo, podendo acarretar na dependência tecnológica e, consequentemente, na procrastinação de atividades cotidianas que garantem a qualidade de vida. Logo, o uso excessivo dos meios digitais associados a transtornos psicológicos modernos como a ansiedade podem ocasionar a nomofobia. A nomofobia é uma patologia da modernidade , embora pouco conhecida, pode ter consequências físicas e psicológicas capazes de atingir diferentes faixas etárias. Desse modo, o acesso precoce à smatphones e tablets por crianças sem restrição ou acompanhamento de um responsável , pode gerar danos no estabelecimento de amizades e vínculos , além de dificultar a concentração e contribuir com distúrbios do sono. Outrossim, o demasiado uso dos meios digitais interfere na prática de exercícios físicos, levando ao sedentarismo, bem como o empenho no ramo de trabalho do indivíduo que pode ser afetado negativamente, causando sua demissão. Haja vista que, de acordo com uma pesquisa feita pela revista Time, 79% dos cinco mil participantes alegam que se sentem mal sem o telefone, sendo os sintomas como a ansiedade e irritabilidade as consequências de uma possível abstinência. Embora o combate a nomofobia seja possibilitado por acompanhamento médico e psicológico, nem sempre o indivíduo dependente tem consciência do seu vício. Por conseguinte , a moderação é o caminho mais viável para evitar o vício, já dizia o escritor inglês Oscar Wilde “Convém ser moderado em tudo, até na moderação”, logo, saber utilizar os meios digitais sem que esses possam interferir nas atividades cotidianas mantém o indivíduo com corpo e mente saudáveis . Deste modo, é necessário que os pais controlem seus filhos no que se refere ao uso dos dispositivos digitais, limitando o tempo de acesso como também, oferecendo outras formas de entretenimento, como atividades ao ar livre. Já o Ministério da Saúde deve divulgar por meio da mídia o novo vício social e suas consequências, objetivando alertar a população sobre os danos da nomofobia. Ademais, as escolas devem promover debates para orientar seus alunos sobre tal doença. Posto isso, será possível enfrentar o dilema da nomofobia no Brasil.