Título da redação:

Os caminhos da tecnologia

Proposta: Como enfrentar o dilema da nomofobia no Brasil

Redação enviada em 04/09/2017

A tecnologia sempre acompanhou o ser humano na busca por soluções de problemas cotidianos. O smartphone, por exemplo, traz ao homem contemporâneo novidades que o fazem ficar cada vez mais dependente de seu uso. No Brasil, essa relação de dependência já se apresenta muito forte e merece ser devidamente discutida. “O caminho digital é sem volta”. Foi o que disse o renomado escritor brasileiro Paulo Coelho em uma entrevista ao declarar sua satisfação com o uso de um leitor digital ao invés de um livro. Tal praticidade pode ser vista de maneira mais intensa ainda nos smartphones. Prova disso é a quantidade de pessoas que os utilizam não somente como leitores de livros, mas também como agenda ou para acessar de maneira prática suas contas bancárias. Além disso, o uso desses aparelhos também facilita o acesso a inúmeras redes sociais de modo a “encurtar” as distâncias entre pessoas de vários lugares do país. Logo, fica cada vez mais evidente a permanência desse aparato no cotidiano do brasileiro. Em contrapartida, é importante discutir sobre os aspectos negativos da imersão desse aparelho na sociedade. Um dos problemas mais evidentes é o enfraquecimento das relações sociais físicas, tal como diz o sociólogo polonês Zygmunt Bauman. A facilidade de se conectar ou vice-versa com as pessoas na internet em detrimento de cultivar relacionamentos fora dela, segundo ele, é algo muito notório nos dias atuais. Prova disso é a cena cada vez mais comum de restaurantes com mesas em que todos os integrantes estão usando seus aparelhos ao mesmo tempo. Infelizmente, isso é um sintoma da nomofobia - a angústia humana mediante a dependência do telefone celular-, provando sua existência na sociedade brasileira. Sendo assim, é evidente que mesmo com seus benefícios, o mau uso e a dependência da tecnologia dos smartphones se tornou uma problemática do país e merece que certas medidas sejam tomadas. Às empresas e escolas, como instituições de grande interação social, a promoção de eventos com palestras de alertas à nomofobia deve ser uma ação a ser pensada. A mídia do país, além de também participar nesse projeto, pode atuar de maneira mais intensa na conscientização social, isto é, com a discussão temática do problema em novelas ou programas de rádio e televisão com participação de especialistas do assunto. Dessa forma, o caminho digital, além de sem volta, também será muito proveitoso para o Brasil.