Título da redação:

O vício silencioso

Tema de redação: Como enfrentar o dilema da nomofobia no Brasil

Redação enviada em 03/09/2017

A Revolução Técnico Científica, ocorrida no século XX, trouxe ferramentas facilitadoras do cotidiano de diversos países como o Brasil. No entanto, o que é visto como auxílio, tem se tornado um empecilho desconhecido pela população. Em virtude disso, surge a desconhecida nomofobia, que, dentre outros sintomas, faz com que os usuários se tornem cada vez mais dependente de celulares, computadores e internet. Mas, não apenas isso, a síndrome também gera distúrbios físicos e psicológicos. Em primeiro plano, concomitante ao desenvolvimento tecnológico, os índices de ansiedade no Brasil foram intensificados. Nesse sentido, uma pesquisa feita pela pesquisadora Anna Lucia -phD em Saúde Mental- mostrou que 54% de 5 mil entrevistados, tem ‘’pavor’’ em passar mal na rua sem celular. Isto é, tão intensa como a dependência de drogas, a tecnologia tem se tornado ‘’essencial’’ no cotidiano da população. No entanto, seus efeitos são desconhecidos e similares a abstinência de substâncias químicas. Nesse contexto, muitos brasileiros relatam ansiedade, stress, depressão e nervosismo que, apesar de não parecerem, estão ligados a nomofobia. Em contrapartida, a síndrome também diminui a socialização dos indivíduos, haja vista que estes substituem o contato real pelo virtual, mesmo que sem a intenção. No ambiente do trabalho também é constante o uso de ferramentas virtuais de comunicação, -como E-mail e Skype-. Assim, a dependência é intensificada em várias áreas da vida do usuário. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Com o intuito de diminuir o uso de celulares, computadores e internet, institutos especializados em vícios e síndromes, em parceria com redes de comunicações -sobretudo online-, devem promover campanhas de conscientização e tratamento dos efeitos da nomofobia. Outrossim, no ambiente de trabalho, as empresas devem incentivar o contato ‘’real’’ dos funcionários, promovendo o diálogo e socialização entre departamentos. Dessa forma, as facilidades das tecnologias podem ser utilizadas com menos prejuízos.