Título da redação:

Nomofobia, um problema atual

Tema de redação: Como enfrentar o dilema da nomofobia no Brasil

Redação enviada em 21/03/2018

Em 2007 a Apple lançou seu primeiro “smartphone”, dispositivo capaz de integrar telefonia e funções de informática, já nos moldes em que são conhecidos atualmente. E em apenas 11 anos, tal dispositivo evoluiu, agregou funções e tornou-se essencial à vida de algumas pessoas. Com base nessa situação, surgiu a denominação nomofobia, caracterizada como síndrome de dependência do telefone ou da internet, e em virtude do aumento de pessoas com esse transtorno vem a tona a discussão de como enfrentar tal problemática. Segundo pesquisa realizada pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), até ano passado já existia um smartphone por habitante no Brasil, e considerando que o aparelho celular foi criado para facilitar a comunicação entre as pessoas, a intensa utilização do mesmo se justifica, mesmo que seja utilizado apenas para acesso às redes sociais, não deixa de exercer sua função de origem. O problema começa quando a dependência em comunicar-se com quem está distante ou saber novidades em tempo real pela internet, tornam-se mais importantes do que a vida real e do que a comunicação presencial. Em complemento a esse problema, vale ressaltar que a nomofobia está associada a ansiedade, transtorno bipolar, síndrome do panico, entre outros, gerando sintomas que afetam a vida social das pessoas que sofrem com tal distúrbio. Tal situação é reforçada pela frase citada por Simone de Beauvoir, “o homem foi em todo lado arrasado pela tecnologia, alienado do seu próprio trabalho, feito prisioneiro, forçado a um estado de estupidez”. Diante desses fatos, apesar da facilidade que a tecnologia nos traz, seu uso deve ser comedido, a fim de que não nos tornemos dependentes dela. Como forma de driblar o problema citado, cabe a cada um se policiar quanto ao uso descontrolado de eletrônicos, ao Estado, por meio do Ministério da Saúde, cabe a promoção de campanhas conscientizando sobre a patologia gerada pela dependência dos celulares, bem como a divulgação de seus tratamentos.