Título da redação:

Involução Tecnológica

Proposta: Como enfrentar o dilema da nomofobia no Brasil

Redação enviada em 26/09/2017

O governo Lula (2003-2011) investiu no aumento do poder de consumo popular, gerando um crescimento exponencial da classe média brasileira. Nesse sentido, a tecnologia tornou-se indispensável na vida da população, seja para fins profissionais ou recreativos. Tal fato, no entanto, provocou uma dependência dos dispositivos eletrônicos pelos cidadãos, que apresenta graves consequências sociais. A nomofobia, em primeira análisa, é decorrente do uso indiscriminado dos aparelhos pelo indivíduo. Para Hannah Arendt, a banalidade do mal é possível com a alta frequência que ele é realizado, motivo pelo qual o diagnóstico desse vício é difícil, já que o consumo constante das ferramentas desses aparelhos está corriqueiro. Além disso, crianças e adolescentes são submetidos à tecnologia sem, muitas vezes, regulação do tempo de utilização pelos responsáveis. Dessa maneira, o avanço tecnológicos mascaram uma sociedade refém de seus serviços. Em paralelo, os dandos para os dependentes são alarmantes. Perda do sono, crises de ansiedade, isolamento social. A depressão, por exemplo, é uma doença mais sucetível a esses indivíduos, uma vez que o vício corrobora o sentimento de solidão. Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, declarou em setembro de 2010 para a revista "Isto é" que a atual sociedade vive pautada no "agora" e que esse fato provoca enfraquecimento nos laços afetivos, tornando-os passageiros. Sendo assim, a tecnologia não dignifica o homem. É imprescindível, portanto, combater a nomofobia no Brasil. Para isso, é preciso que escolas promovam feiras literárias mensais, como incentivo a diminuição do tempo dos alunos na internet. Cabe aos pais orientarem seus filhos no uso responsável de aparelhos eletrônicos, com utilização moderada para evitar o vício. Por fim, psicólogos voluntários devem elaborar a cartilha "Você está doente?" e compartilhá-las nas redes sociais, a fim de conscientizar a população dos problemas causados por essa doença. Somente assim, a sociedade deletará os riscos de involução em prol de um futuro mais conectado com a realidade.