Há uma década Steve Jobs apresentava ao mundo um aparelho revolucionário - um computador com internet que cabia na palma da mão. Hoje mais de 80% da população brasileira é proprietária de pelo menos um smartphone. Isso deve-se à facilidade de acesso com o barateamento de tal tecnologia e seus atrativos multifuncionais. Logo, a nomofobia, síndrome de dependência de celulares, não é um problema que será combatido, mas o país deverá se adaptar a ele. Essa síndrome é visível ao entrar em qualquer lugar público, não há muitas conversas, apenas pessoas em seus celulares digitando sem parar. Uma das consequências desse vício é o afastamento interpessoal, os indivíduos deixam de se comunicar ao vivo para fazê-lo no mundo digital. Tal contratempo pode ser amenizado com a difusão das ideias de alguns bares e restaurantes da cidade de São Paulo que bolam descontos para aqueles que não usam celulares à mesa, ou ainda, o chamado copo "offline" o qual possui sua base projetada para cair se não houver apoio do celular. Outro efeito colateral dessa dependência é a alienação, que para o poeta brasileiro Reinaldo Ribeiro " o "status" dessa como cultura gera miséria e pobreza". A favor de uma desalienação também há uma solução em curso como as redes sociais que lançam notícias e assuntos contemporâneos na "time line" das pessoas, assim enquanto os usuários navegam vão se conscientizando do mundo fora do celular. Portanto, a nomofobia é uma tendência crescente para o futuro, a melhor maneira de enfrentar esse problema é a adaptação à suas consequências. Para isso, a Câmara de Deputados juntamente com o Senado devem legislar a favor de tais bares e restaurantes apoiando-os com isenções fiscais, assim contribuindo para o relacionamento interpessoal. E a sociedade deve conscientizar-se de tal tendência e aliar-se a páginas de notícias nas redes sociais, para que aumente a quantidade de informações relevantes durante sua navegação.