“Toda forma de vício é ruim, não importa que seja droga, álcool ou idealismo”, já dizia o psiquiatra Carl Gustav Jung. Nesse contexto, essa reflexão garante uma análise negativa da sociedade contemporânea, imersa em vícios, entre eles, os provocados por drogas lícitas e consumidos em preocupante aumento por adolescentes. Hodiernamente, no Brasil, mais pessoas morrem por causa do fumo do que pela somatória das doenças infecciosas. Os danos físicos e psicológicos causados pelo uso dessas substâncias são inegáveis: ansiedade, câncer e insônia são apenas alguns deles, mas ainda há os impasses gerados em questões sociais como a violência doméstica, em muitos casos como consequência do alcoolismo, assim como acidentes de trânsito. A elevação do número de jovens se envolvendo com entorpecentes agrava as problemáticas, uma vez que esses hábitos serão levados para a vida adulta e disseminados para as futuras gerações. Só entre 2012 e 2015, em uma pesquisa em escolas públicas e privadas pelo IBGE, o número de adolescentes que já provaram bebidas alcoólicas subiu 5,2%. Em meados de 1970, propagandas transmitiam a ideia que fumar era “belo e elegante”, hoje, propagandas apelativas de bebidas alcoólicas são difundidas pela mídia, fatos como esses mostram que fazer uso de drogas lícitas se relaciona com o valor social que é colocado em cima delas e quanto mais houver a forte propagação desse uso em nossos costumes mais difícil será de diminuir o número de jovens se envolvendo com drogas lícitas. A cidade colombiana Mendellín é um exemplo de recuperação, e foi através de iniciativas sociais e culturais que encontrou meios para superar o dilema com narcóticos. É evidente, portanto, que o Ministério da Cultura deve promover palestras, exposições, shows e eventos diversos em parceria com o Ministério da Educação afim de conscientizar e mudar, gradualmente, nossos costumes.