Segundo a Declaração Universal dos Direitos Humanos, publicada em 1948, todo indivíduo tem o direito à saúde e o bem-estar. No entanto, quando se observa o aumento de consumo de drogas lícitas no Brasil, verifica-se que esse ideal universal é constatado na teoria e não na prática, e o problema persiste intrinsecamente ligado à realidade do país. Nesse contexto, há dois fatores que não podem ser negligenciados, como a influência no ambiente escolar e o fácil acesso que os adolescentes têm a essas drogas. É indubitável que a má influência no ambiente escolar é um fator determinante para a causa do problema. Comprova-se isso por meio de uma pesquisa feita pelo Datafolha e publicada no jornal Folha de São Paulo em que mais de 80% dos alunos do ensino médio já experimentaram algum tipo de droga. Uma das causas desse fato está na pressão social que muitos sofrem para fazer uso desse tipo de droga, ocasionando um ciclo, pois seu uso pode levar o usuário ao vício. Dessa forma, vê-se que um dos caminhos para enfrentar o aumento de consumo de drogas lícitas por adolescentes é fiscalizar e orientá-los, quanto a isso, no ambiente escolar. Outrossim, destaca-se o fácil acesso às drogas lícitas como impulsionador do problema. Um exemplo disso é a venda inadequada de bebidas alcoólicas e cigarros, sem que o vendedor peça documento de identificação, contribuindo para o problema em questão. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que esse fácil acesso funciona conforme a Primeira Lei de Newton, a Lei da Inércia, a qual afirma que um corpo tende a permanecer em movimento até que uma força suficiente atue sobre ele mudando o percurso, o que dificulta a aproximação da realidade em questão. Assim, uma mudança nos valores da sociedade é imprescindível para transpor as barreiras do aumento de consumo de drogas lícitas por adolescentes. É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de politicas que visem à construção de um mundo melhor. Destarte, o Ministério da Educação deve instituir, nas escolas, palestras ministradas por psicólogos, que discutam os efeitos e malefícios das drogas licitas, a fim de contribuir, não somente para a formação dos jovens, como também de gerar uma população mais saudável. Além disso, o Governo Federal deve aumentar a fiscalização de vendas de drogas lícitas a menores, e punir severamente por meio de dinheiro, aos que infringirem essa ação, agindo como a força descrita por Newton, mudando o percurso do problema. Logo, poder-se-á afirmar que a pátria consciente se adequa de forma exitosa aos princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos.