A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, divulgou pelo IBGE, dados referentes ao consumo alcoólico dos adolescentes entre 13 e 15 anos de escolas públicas e privadas. Os resultados mostram que o percentual de jovens que já experimentaram bebidas alcoólicas aumentou significativamente entre os anos de 2013 e 2015. Portanto, hodiernamente, esse fato ainda persiste na sociedade brasileira, por conta de determinados entraves. Em vista disso, convém expor as principais causas que intensificam essa tirania. Em primeiro plano, persiste a omissão das autoridades públicas acerca do aumento do consumo alcoólico por adolescentes. A esse respeito, o sociólogo Zygmunt Bauman desenvolveu um conceito de Instituição Zumbi, segundo o qual o Estado perdeu a sua função social, mas manteve - a qualquer custo - a sua forma. Nesse viés, o SUS se enquadra na teoria das instituições zumbis, na medida em que não há campanhas efetivas de combate ao consumo alcoólico precoce e, também, mostra-se ineficiente na fiscalização desse desleixo em locais públicos. Assim, enquanto o problema denunciado por Bauman for a realidade, o enfraquecimento desse transtorno será exceção. De outra parte, é imprescindível relatar a falta da valorização e atenção familiar perante a essa adversidade. Como já disse o sociólogo Talcott Parsons: "As famílias são fábricas que produzem personalidades humanas". Assim, é responsabilidade da família do adolescente educar e estabelecer limites, porém, existem muitos pais irresponsáveis e, a ausência de responsabilidade dos familiares com os seus filhos e o excesso de liberdade que o jovem obtém, poderá afetar indiretamente e diretamente no futuro do indivíduo, visto que, há diversos transtornos no consumo alcoólico, um deles é a prática do sexo sem preservativos, podendo ocasionar em gravidez não planejada e, também, estará exposto a doenças sexualmente transmissíveis, afetando, assim, diretamente o futuro do cidadão. Diante dos fatos supracitados, é evidente a necessidade de medidas para combater essa mazela. Para o poeta James Baldwin, o confronto nem sempre traz uma solução para o problema, mas, enquanto não se enfrentar o problema, não haverá solução. Logo, cabe ao Ministério da Saúde(MS) promover campanhas efetivas de combate ao consumo de drogas lícitas por adolescentes, por meio da distribuição de panfletos contendo informações sobre os malefícios do consumo alcoólico precoce, assim sendo, influenciará os responsáveis pelos jovens à tomarem medidas sobre o impasse. Além do mais, as escolas em parceria com o MS, deverá proporcionar palestras em escolas com o auxílio de pediatras e pedagogos no intuito de informar e conscientizar os jovens sobre as consequências desses atos, a fim de erradicar essa problemática do território Brasileiro.