Durante o século XX, houve intenso uso de nicotina, vista pelos civis como sinônimo de maturidade e prazer. Hodiernamente, apesar da sua diminuição, causada pelos efeitos nocivos e políticas públicas, há juntamente a ela um consumo expansivo de outras drogas lícitas pelos jovens, que devido os mesmos motivadores do século passado põe em risco as seguranças social e individual, e juntamente a falta de coerção e consenso, propostas como base da sociedade pelo historiador Leandro Karnal, tornam a conjuntura ainda mais grave. Evidenciando a necessidade de medidas para reverter o impasse. Primeiramente, é válido salientar a importância da coerção, por meio de legislações eficientes, como minorador do aumento do uso de drogas lícitas pelos jovens. Isso porque, ela limita o consumo e impõe responsabilidades ao mercado consumidor e à esfera comercial. Percebe-se que atualmente ela não é aplicada corretamente, visto que, a lei que delimita o uso e venda de tais drogas aos menores está a desejar, já que os produtos são adquiridos facilmente, seja em ambientes públicos ou no próprio lar; não há fiscalizações constantes nos estabelecimentos e a publicidade, com exceção da nicotina, mostra as drogas como substâncias benéficas, meio de inserção social e lazer. Com efeito, muitos jovens acabam utilizando-as, podendo ter sequelas físicas e emocionais, além de segundo o site "agenciabrasil" o uso de bebidas alcoólicas(uma das drogas mais consumidas) elevar a probabilidade no envolvimento de homicídios e acidentes de trânsito. Demonstrando a gravidade do consumo precoce dessas substâncias. Há outro fator intrinsecamente ligado ao crescimento na utilização de drogas regulamentadas, pelos jovens: a falta de consenso, através da educação. Como constituintes do núcleo educador, pais e discentes deveriam estar integrados, por meio de rodas de debates e diálogos constantes, destacando as consequências do consumo dessas substâncias que geram dependência, ademais, o Estado promover propagandas de conscientização nos meios de comunicação. Dessa forma, os jovens hesitariam antes de usar as drogas e assim como na Lei Antifumo haveria diminuição expressiva do consumo. Assim, conforme o filósofo Comte, é necessário ver para prever e prever para prover. Por conseguinte, aliado aos fatos supracitados, percebe-se a gravidade do aumento no consumo de drogas pelos menores e prever sua continuação caso medidas eficientes não sejam aplicadas. Então, o Estado, por meio da ação conjunta da Secretaria de Segurança Pública, Ministério da Educação e Secretarias de Assistência Social, deveria promover a intensificação da fiscalização nos locais de venda e punição severa aos infratores; distribuição de cartilhas, nas escolas, com imagens e relatos das consequências do uso de drogas e reuniões das autoridades ligadas a esses órgãos com pais e professores, alertando-os e instruindo como agir no combate. Só assim, a base social, afirmada por Karnal, será sólida e eficiente e os jovens não sofrerão as mazelas do uso inconsequente dos entorpecentes.