Ao se fazer o uso da palavra droga, muitas pessoas imaginam a maconha e a heroína, entretanto, esquecem-se de que as drogas lícitas são liberadas por lei e o seu uso é aceito pela sociedade, e que muitos as possuem dentro das próprias casas. Diante do aumento no número de adolescentes que estão consumindo drogas lícitas, por exemplo, medicamentos sem prescrição médica, nicotina e álcool, é nítido que esse problema é devido à violação das leis existentes e ao afastamento nas relações familiares. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, é proibida a venda de álcool e produtos que possam causar a dependência física e psíquica, ainda que pelo uso incorreto. Já segundo a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE) de 2015, divulgada pelo IBGE, 55,5% dos jovens já experimentaram bebidas alcóolicas, evidenciando que a violação da lei é explícita e que a falta de fiscalização dos comércios só tem contribuído para que esse número continue crescendo, e para que o primeiro contato com essa droga seja cada vez mais precoce. Ademais, considerando a modernidade líquida do sociólogo Zygmunt Bauman, a sociedade tornou-se líquida e suas relações são fluidas, sem vínculo, e muitas vezes essa falta de afeto leva jovens e adolescentes a optarem pelo uso compulsivo de muitas drogas lícitas. Essa busca por esquecer os problemas e a falta de apoio e afeto, pode causar problemas de saúde e comprometer o futuro desses adolescentes, seja no mercado de trabalho, ou na vida pessoal. Para que o uso de drogas lícitas pelos adolescentes diminua, é necessário, portanto, que o Governo Federal acirre as leis de controle de vendas dessas drogas, por exemplo, do álcool, e amplie a fiscalização comercial punindo rigorosamente os proprietários que infringem as leis. Além disso, o Ministério da Educação deve fazer palestras nas escolas, tratando das consequências que os usos dessas drogas legais podem causar, bem como palestras com os pais e responsáveis acerca o papel do diálogo e do afeto na formação dos adolescentes.