Um dos grandes dilemas da sociedade brasileira, no século XXI, são as drogas lícitas. Sobretudo como enfrentar o aumento do consumo na adolescência. Nessa perspectiva, é possível afirmar que o aumento no consumo de entorpecentes lícitos configura-se devido à falta de informação do corpo social e à ausência de fiscalização do poder público. Nesse contexto, convém uma análise das principais soluções dessa problemática no país. Em primeiro instante, é relevante pautar que a falta de informação da nação brasileira no que se refere ao consumo de entorpecentes lícitos acarreta na ampliação dessa adversidade entre adolescentes. Dessa forma, como proferido por Paulo Freire, pedagogo e filósofo brasileiro, se a educação sozinha não transforma a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda. Desse modo, a vista de tal preceito, o autor menciona que a educação é extremamente importante para uma mudança significativa no corpo social, uma vez que é dever dos pais educar, dar exemplo, nortear seus filhos ao bom caminho e, principalmente, ter bastante diálogo para que os jovens possam sanar suas dúvidas. Sob tal ótica, torna-se crucial que o poder público expanda o supervisionamento dos ambientes de venda de drogas lícitas a menores de idade. Em segundo plano, é cabível enfatizar que o crescente uso de drogas lícitas por jovens mostra-se devido à ausência de fiscalização do governo, haja vista que consoante o site G1, em 2017, mais de 65,9% dos adolescentes entre 14 e 17 anos já haviam experimentado algum tipo de substância psicoativa como cigarro, anorexígenos -remédios utilizados com o intuito de reduzir a ansiedade- e bebidas alcoólicas. Dentro dessa lógica, torna-se relevante pautar que tal circunstância tem ocorrido, visto que a maioria dos estabelecimentos de venda dessas drogas lícitas não fiscalizam a idade do indivíduo por meio da carteira de identidade, assim, facilitando a entrada desses jovens para um mundo de possíveis consequências desastrosas. Infere-se, portanto, que a escassez de conhecimento da população e a falha na fiscalização por parte do poder público ocasiona o aumento no consumo de entorpecentes na juventude. Partindo desse pressuposto, a fim de solucionar esse impasse, torna-se pertinente a mobilização de agentes como o governo. Nessa perspectiva, compete ao poder público impor aos proprietários de estabelecimentos que vendem drogas lícitas a menores de idade uma pena de 12 anos de cadeia (sem direito a redução de pena ou fiança) além de 3 anos de serviço comunitário, com a finalidade de uma punição severa que faça o acusado pensar nas consequências dos seus atos errôneos. Nesse contexto, com essa medida espera-se alcançar uma nação melhor usufruindo da educação como proferido por Paulo Freire.