No contexto social brasileiro, são relevantes discussões acerca da problemática sobre o aumento do consumo de drogas lícitas por adolescentes, uma vez que essa prática altera todo o funcionamento físico e psíquico do indivíduo. Nesse sentido, percebe-se que esse fato afeta o desenvolvimento social desses jovens. Sendo assim, deve-se analisar como o poder público e os pais contribuem para a cristalização do problema. Primeiramente, é inegável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do impasse. Isso porque, embora a Lei 13.106 que criminaliza a venda ou entrega de bebidas alcoólicas e outros produtos que causam dependência a menores de idade tenha sido um grande avanço, há brechas que permitem a ocorrência dos crimes, como a falta de fiscalização em comércios e festas.Não é por acaso, então, que mais de 50% dos adolescentes que já beberam álcool, compraram em mercados ou consumiram em festas, de acordo com o jornal Oglobo. Desse modo, evidencia-se a importância do reforço a prática de regulamentação como forma de combater à problemática. Além disso, nota-se, ainda que a mentalidade social atua como impulsionadora dessa mazela. Segundo Durkheim, entende-se a "anomia" como a condição em que as normas sociais e morais são confundidas ou pouco esclarecidas de modo a ocasionar infrações na lei. De maneira análoga , percebe-se que a omissão familiar influência negativamente nessa questão, uma vez que o adolescente sem limites e que não tem uma figura parental ativa dentro de casa, torna-se mais suscetível a interferências externas prejudiciais que podem oferecer tais substâncias que causam vícios. Em síntese, percebe-se que o diálogo e a participação familiar são essenciais para um bom desenvolvimento e esclarecimento aos filhos sobre as normas a serem respeitada. Torna-se evidente, portanto, que o consumo de drogas lícitas por adolescentes deve ser combatido. Em razão disso, o Ministério Público, em parceria com o Conselho Tutelar deve implementar um plano de denúncias online, com o intuito de intensificar e punir comerciantes e ambientes que forneçam ou vendam álcool e cigarros a menores de idade. Ademais, o Ministério da Educação deve tornar obrigatória a realização da semana anual de conscientização de pais e filhos nas escolas, por maio da ministração de teatros e palestras a alunos sobre o uso de substâncias lícitas, bem como a participação de psicólogos que instruam e alertem as famílias sobre a importância de discutir esse assunto em casa. Assim, a "anomia" proposta por Durkheim, será gradativamente minimizada no país.