Vivemos em um cenário onde os jovens têm grande liberdade de escolha. Os pais deixaram de exercer uma figura autoritária e passaram a mostrar-se mais amigos. Entretanto, muitos adolescentes abusam dessa autonomia e, por serem naturalmente curiosos, adquirem hábitos prejudiciais para a sua saúde, como o consumo de drogas lícitas. Não é surpresa que o tabaco e o álcool sempre foram grandes amigos dos jovens, os quais são utilizados como fins de diversão, sociabilização, ansiedade. Contudo, houve um aumento significativo no consumo de álcool e tabaco na geração de 2000. Um levantamento de dados feito pelo LENAD (II levantamento sobre álcool e drogas), apontou que, dos 3.007 jovens entrevistados com idade entre 14 e 19 anos, mais da metade eram usuários regulares de bebidas alcoólicas e 1 em cada 10 era dependente. Além disso, jovens do sexo masculino que vivem em áreas urbanas estão mais propensos a doenças relacionadas ao álcool e ao fumo, pois existe um acesso maior a compra de bebidas alcoólicas em lojas por pessoas menores de idade, uma vez que a venda se concretiza, muitas vezes, sem a apresentação da carteira de identidade. Infelizmente, o uso desses entorpecentes é banalizado por muitas pessoas, inclusive no próprio convívio familiar que é um dos primeiros lugares onde os adolescentes experimentam álcool. Depressão, dificuldades nas relações sociais, desempenho escolar insatisfatório e até sexo sem proteção são problemas enfrentados por jovens que utilizam drogas lícitas de forma recorrente. Acredito que uma maneira do problema ser tratado é uma maior rigidez na fiscalização da venda de bebidas alcoólicas em estabelecimentos comerciais por órgãos competentes, além de multa caso as vendas aconteçam. Também, palestras nas escolas e campanhas de conscientização sobre os malefícios que esses hábitos podem causar na vida de uma pessoa.