Na série de televisão britânica ‘Skins’, são retratados jovens em seu cotidiano, os quais possuem, no geral, um hábito persistente de consumir drogas. Fora das telas, a realidade não se difere muito. A popularização do consumo de drogas lícitas em meio aos jovens brasileiros aumentou nos últimos anos e esse fato pode ser atribuído à falta de fiscalização no ato da compra e, no futuro, ser causador de diversos problemas e doenças, proporcionando uma piora no índice de qualidade de vida no país. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar, mais de 55,5% dos adolescentes de 13 a 15 anos, em 2015, já teriam experimentado bebidas alcoólicas. Tal fato é acarretado, em partes, pela facilidade de se conseguir drogas lícitas sem fiscalização no país. Em uma pesquisa apontada pelo site de notícias G1, menos de 7% dos locais de venda de substâncias proibidas para menores pedem a carteira de identificação no ato da venda, assim, a facilidade na compra pode ser um fator crucial no incentivo ao consumo. Nesse contexto, o dado divulgado pelo IBGE, que afirmam que, no país, aproximadamente 72% das mortes são causadas por doenças crônicas, estas diretamente ligadas ao consumo de substâncias prejudiciais ao organismo, tende ainda a aumentar nos próximos anos. Dessa forma, não só a vida das pessoas que utilizam tais substâncias estará em risco, mas sim a vida da população, uma vez que os hábitos adquiridos na adolescência tendem a permanecer ao decorrer da vida do indivíduo e mesmo a Lei Seca, posta em vigor em 2008, não teve eficiência em diminuir o índice de motoristas que dirigem sob a influência de álcool. Logo, visando uma maior fiscalização em todo o país, o Ministério da Defesa deve, por meio de concurso público, aumentar seu número de agentes fiscalizadores, que multem rigorosamente estabelecimentos que vendam substâncias sem a devida verificação. Concomitantemente, o Ministério da Educação deve ministrar palestras na rede pública e privada de ensino, com o apoio de médicos, professores e pais, no fito de conscientizar a população jovem sobre o risco e os problemas que se atribuem ao uso de drogas. Somente assim, a realidade brasileira poderá se distanciar gradativamente do seriado britânico.