Funcionando como a Segunda Lei de Newton, a qual afirma que um corpo tende a permanecer em seu movimento até que uma força suficiente atue sobre ele e mude seu percurso, o aumento do consumo de drogas ilícitas por adolescentes é um problema que persiste na sociedade brasileira há algum tempo. Com isso, ao invés de funcionar como a força suficientemente capaz de mudar o percurso deste problema, a combinação de fatores escolares e familiares acabam por contribuir com a situação atual. Em conformidade com um levantamento epidemiológico publicado na Revista Brasileira de Psiquiatria, 78% dos estudantes do ensino médio brasileiro já experimentaram pelo menos uma bebida alcoólica, e 35% já fumaram tabaco. Em virtude disso, as drogas lícitas deixaram de ser marginalizadas e passaram a ser um tipo de cultura, e com isso, a juventude é a primeira a ser atingida, uma vez que é na escola que ela começa a ter contato com este tipo de droga. Outrossim, famílias desestruturadas por problemas sociais, econômicos e psicológicos transformam o ambiente familiar numa constante guerra em que o adolescente não quer ser um soldado, e é neste cenário que ele vê as drogas lícitas como uma alternativa de fuga da realidade. Ademais, os responsáveis, por serem considerados referências de vida para os adolescentes, fazem o uso dessas drogas, acaba por incentivar indiretamente o jovem a também usá-las. Dessa forma, fica evidente a necessidade de uma tomada de medidas que realizem a mudança deste percurso. Com o propósito de estabelecer uma política preventiva nas escolas, o Ministério da Educação deve incentivar o diálogo entre discentes, docentes e familiares, expondo os riscos que o uso das drogas lícitas levam ao usuário, além de fazer com que o jovem vulnerável seja capaz de fazer uma opção consciente. Dessarte, o Governo juntamente com a escola, funcionarão como a força descrita por Newton e mudarão o percurso do consumo de drogas lícitas por adolescentes, da persistência para a extinção.