Título da redação:

Boas escolhas

Proposta: Como enfrentar o aumento do consumo de drogas lícitas por adolescentes

Redação enviada em 30/06/2018

Marcando a transição da infância para a idade adulta, a adolescência é a fase de descobertas, amadurecimento, busca pela independência, construção da identidade e dúvidas. Todavia, muitas das experiências vividas neste período podem prejudicar os adolescentes, como é caso do consumo de drogas licitas, que vem aumentando a cada ano no país, seja pela não aplicação de leis, seja por elementos que favorecem e incitam a utilização destes entorpecentes. É sabido que mesmo estando previsto na Constituição Federal de 1988, a proibição da venda, à adolescentes e crianças, de bebidas alcoólicas e produtos cujo os componentes podem gerar qualquer tipo de dependência, todavia, as leis vigentes não estão sendo efetivadas. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense) o número de adolescentes que consomem bebidas alcoólicas cresceu quase 6% de 2012 a 2015. Deste modo, evidencia-se a importância do reforço e regulamentação acerca da problemática exposta. Ademais, não há como negar que o aumento deste hábito entre os jovens é fruto da facilidade de acesso e estímulos midiáticos, haja visto que propagandas de bebidas alcoólicas são veiculadas em redes nacionais livremente e que, independentemente da idade, qualquer indivíduo pode comprá-las sem qualquer objeção ou restrição. Deste modo, a teoria do Fato social, criada por Émile Durkheim, pode auxiliar no entendimento desta inquietante realidade. Segundo o sociólogo entende-se por fato social os instrumentos sociais e culturais que determinam as maneiras coletivas de pensar e agir, logo, uma vez que um adolescente está inserido em um meio cujo os indivíduos fazem o uso de drogas licitas, este, por sua vez, tende a assim fazê-lo, devido a convivência em grupo. Assim, o fortalecimento da união entre a tríade Estado, escola e sociedade é indispensável. Em suma, medidas são necessárias para enfrentar este impasse, cabendo ao Estado a efetivação das leis vigentes na Constituição Federal e do Estatuto da criança e do adolescente (ECA), com o intuito de que os estabelecimentos não permitam que os jovens efetuem a compra de qualquer tipo de droga licita sem a apresentação de um documento de identificação ou acompanhado por responsáveis legais. Além disso, a mídia nacional, como grande influenciadora, deve monitorar e restringir o horário de veiculação de propaganda de bebidas alcoólicas, com o propósito de que as crianças e os adolescentes não assistam-na com tanta frequência, incitando-as. Por outro lado as famílias, as escolas e a sociedade devem se ater aos jovens dialogando e aconselhando os mesmos e gerando bons exemplos afim de que se sintam amparados e não recorram as drogas. Deste modo, a sociedade brasileira consiguirá diminuir as estatísticas alarmantes e traçará um novo caminho aos seus jovens, um novo futuro, boas escolhas.