Título da redação:

Adultos Juvenis

Tema de redação: Como enfrentar o aumento do consumo de drogas lícitas por adolescentes

Redação enviada em 26/06/2019

A adolescência é um período complexo na vida de todo ser humano e exige vasta capacidade de compreensão por parte dos adultos. Essa fase é marcada não apenas pelas manchas deixadas no rosto dos jovens ocasionadas pelas frequentes crises de acne, mas também pelas diversas dúvidas que “sobrevoam” a cabeça desses. Tais dúvidas estão associadas, muitas vezes, a ideia de identidade ou pertencimento a determinado grupo social e desencadeiam, consequentemente, hábitos que poderão perdurar ao longo da vida adulta, como o consumo de drogas lícitas. Em primeiro lugar, é importante ressaltar que as referidas drogas são constituídas principalmente pelo tabagismo e alcoolismo que representam o cigarro e as bebidas alcoólicas, respectivamente. Essas substâncias são consideras lícitas, uma vez que tanto o consumo quanto a venda são permitidos por lei. No entanto, o dilema está diretamente relacionado ao consumo exacerbado de toxinas como a nicotina, por jovens cada vez mais precoces e inconsequentes, pois segundo a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, quanto mais novo for o usuário, as chances desse indivíduo se tornar um dependente químico, quadruplicarão. Surge, portanto, a necessidade de ações não somente públicas, mas dos familiares e amigos para mitigar essa realidade degradante na sociedade. Além disso, uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2015, revela que o percentual de estudantes em escolas públicas e privadas, entre 12 e 15 anos, que já experimentaram bebidas alcoólicas subiu de 50,3%, em 2012, para 55,5% em 2015. Denunciando, assim, a constante exposição às drogas por essa parcela importante da sociedade. Desse modo, é fato que essa realidade acontece inicialmente em âmbito escolar, onde há um maior contato com pessoas que fazem uso da droga, ou seja, os “amiguinhos descolados” que têm uma fictícia postura de maturidade, visto que associam a noção de ser um “adulto” à ingestão de bebidas alcoólicas, o conhecido “goró”. É evidente, destarte, que medidas devem ser tomadas para atenuar essa problemática. Logo, cabe ao Poder Público, juntamente com o Ministério da Saúde (MS), desenvolver ações como a liberação de recursos para investir fortemente em campanhas e programas de conscientização sobre os efeitos do consumo de drogas lícitas infanto-juvenil. Ademais, o MS deverá promover reuniões periódicas em Unidades Básicas de Saúde (UBS) ministradas por especialistas da saúde como psicólogos, e pessoas com experiências sobre o assunto, a fim de fomentar a consolidação da relação jovem-especialista. Certamente, medidas como essas são indispensáveis para diminuir essa triste realidade.