Título da redação:

A droga do uso

Proposta: Como enfrentar o aumento do consumo de drogas lícitas por adolescentes

Redação enviada em 15/08/2018

A adolescência compreende o estágio de desenvolvimento anterior à fase adulta. Nesse contexto, ocorrem alterações físicas e estruturações psicoemocionais fundamentais para a formação da personalidade individual. Assim, os hábitos e costumes adotados durante a juventude influenciarão diretamente na conduta social do cidadão. Logo, depreende-se a importância do desenvolvimento salutar durante tal faixa etária. Entretanto, frequentemente, drogas lícitas e ilícitas são consumidas indiscriminadamente por jovens brasileiros, ocasionando tanto danos individuais quanto, coletivos. É preciso, pois, enfrentar tal problemática Segundo o filósofo grego Aristóteles: “O homem é um ser social”. Ou seja, as escolhas individuais são influenciadas pelas relações interpessoais e pelo contexto social. Analogamente, a utilização precoce de drogas é influenciada direta e indiretamente pelo contexto socioemocional, no qual o jovem está inserido. A insegurança típica da adolescência e a naturalização de certas drogas, como o álcool e o tabaco, induzem o uso de substâncias químicas. Primeiramente, o efeito de euforia das drogas inibe o centro de controle responsável pela tomada de decisões e, consequentemente, a vergonha, desse modo, as substâncias são utilizadas com o intuito de facilitar a interação social. Ademais, a pressão social associada a busca por aceitação em determinados grupos estimula a adoção de atos inconsequentes e, por vezes, incompatíveis com a idade, como por exemplo o uso abusivo do álcool. Ao não aderir tais atitudes o indivíduo é excluído socialmente por não se adequar ao grupo. Outrossim, a naturalização da problemática por parte da sociedade contribui para a propagação e perpetuação do uso de substâncias psicoativas entre jovens. A falta de diálogo no âmbito familiar, a fiscalização precária da comercialização de drogas lícitas e o crescimento do tráfico de entorpecentes demonstram o descaso institucionalizado. Além disso, a disseminação da ideia de que os compostos químicos tornam a vida mais fácil e divertida é propagada tanto no ambiente doméstico, no qual há, frequentemente, o uso de álcool em encontros familiares, quanto nos meios de comunicação, filmes e propagandas associam o consumo de drogas à diversão. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a ingestão de bebidas alcoólicas em casa ocorrem em 9,8% dos casos. As consequências do uso abusivo e inadequado afetam o indivíduo e a sociedade. Visto que a euforia expõe a pessoa a situações de vulnerabilidade física e social. Por exemplo, a dependência química afeta as relações pessoais e retira o indivíduo do mercado de trabalho, portanto, o cidadão sofre com invisibilidade social e o corpo civil, com perda de população economicamente ativa. Logo, é necessária a aplicação de métodos para combater e prevenir o problema. O Ministério do Comércio deve não só tornar a fiscalização frequente, como também aumentar a tributação sobre os produtos entorpecentes com o fito de reduzir a venda ilegal de drogas para adolescentes bem como, a oferta. Cabe às instituições de ensino a adoção de campanhas informativas e preventivas a fim de instruir o jovem sobre os riscos do uso inadequado de substâncias químicas. Por fim, a família deve não só fornecer apoio emocional durante o desenvolvimento do jovem, como também deve dialogar sobre o assunto e evitar consumir drogas indiscriminadamente perante o adolescente.