A questão do porte de arma gera, há anos, diversos debates no Brasil. Apesar dos prós e contras, é preciso analisar com seriedade a situação em que o país se encontra e se haveria maturidade e responsabilidade suficientes para liberar seu uso, já que há vários fatores que influenciam nessa situação. É importante pontuar, primeiramente, que um país com dificuldades em proporcionar um ensino público, saúde e segurança de qualidade, como no caso do Brasil, certamente encontrará empecilhos no uso consciente de armas de fogo. Subentende-se, assim, que a educação está atrelada ao fato de saber lidar com situações-problema, pois como o matemático Pitágoras já concluía em sua época, se as crianças forem educadas, não será necessário castigar os homens. Outro item a se pontuar, além disso, é a questão de que talvez, com o armamento civil, entremos em conflitos constantes por motivos banais, em que uma briga no trânsito vira um homicídio ou, como nos Estados Unidos, em que episódios de bullying ou questões religiosas geram mortes. Pode-se, assim, tomar como exemplo o massacre numa boate em Orlando no ano de 2017, onde um homem, motivado por suas crenças, atirou em dezenas de pessoas. Percebe-se, então, que mesmo países de primeiro mundo sofrem ainda com o uso indevido de armas de fogo. Pode concluir, portanto, que a educação, aliada à conscientização dos habitantes de um local, tem influência direta sobre as consequências que a liberação do uso de armas por civis podem gerar. Dessa maneira, deve-se introduzir nas escolas palestras relacionadas aos prós e contras do desarmamento, por meio da liberação de verbas relativas à educação pelo Governo Federal, para que as crianças e os jovens tenham capacidade de analisar e julgar o que melhor seria para o país. Somente dessa forma, o Brasil terá sua segurança almejada e Pitágoras terá razão em seu pensamento.