Os países mais pacíficos do mundo baniram o uso de armas de fogo entre a população, vide o Japão, por outro lado, nações como Alemanha, Suécia e Áustria possui taxas de armamento maiores do que a do Brasil e permanecem com índices baixos de homicídio. Desse modo, o que esses Estados têm em comum? De acordo com Emmanuel Kant, o aperfeiçoamento da humanidade está na educação. Assim, os desafios do porte de arma criam um cenário desafiador à sociedade brasileira. Segundo Milton Santos, o Brasil encontra-se em um meio técnico-científico-informacional, isto é, este é um país cada vez mais conectado e privilegiado com pesquisas técnicas e informações comprovadas. Entretanto, quando tange a respeito de discussões políticas e sociais, o brasileiro médio se omite ou generaliza acreditando que a própria opinião é desprezível. Nesse contexto, sobretudo é comum ainda associar o ponto de vista sobre a liberação ou manutenção da proibição do porte de arma com ideologias políticas de esquerda ou direita. Sob essa perspectiva, de maneira análoga a participação política direta dos atenienses no período da Grécia Antiga, houve um retrocesso imensurável na população brasileira. Além disso, outro âmbito que deve ser levado em consideração é o plano econômico e social, é necessário compreender o impacto que a liberação pode vir a promover com o surgimento de novas fábricas bélicas tanto na geração de emprego como também na circulação de armas nas mãos do povo e como isso poderia afetar a vida dos brasileiros. Depreende-se, portanto, que é necessário utilizar dos recursos tecnológicos disponíveis e principalmente buscar a opinião da população sobre a liberação ou manutenção do porte de armas. A fim de promover essa necessidade, o Governo Federal unido ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), deve iniciar um projeto que abranja todo o país, ouvindo a opinião acerca do porte de arma e as respectivas justificativas. Paralelamente, é necessário que o Ministério da Educação envie sociólogos e antropólogos para países como a Suécia, Áustria e Alemanha para compreender quais as medidas públicas tomadas pelos Governos para manter baixas taxas de homicídios.