Historicamente, a problemática da liberação do porte de armas sempre se fez presente na sociedade, seja na Primeira e Segunda Guerra Mundial, com seus grandes conflitos, ou na ditadura militar brasileira, em que era fácil o acesso a armas. Nos dias atuais, devido à dificuldade de prever a reação popular e à fiscalização das armas, os desafios continuam presentes no Brasil. À guisa de Machado de Assis, "o destino, como os dramaturgos, não anuncia as peripécias nem o desfecho". Nesse contexto, a dificuldade de prever a reação popular está fortemente ligada a um dos desafios da liberação do porte de armas. Essa correlação encontra fundamento no fato de que, de acordo com a VEJA, armar a população pode resultar em taxas de homicídio maiores – como em Honduras, que é o país mais violento do mundo com seis armas por cem habitantes – ou menores – como na Suécia, tendo mais de trinta armas por cem habitantes e taxas de assassínio muito baixas. Ademais, a dificuldade de fiscalização às armas é um importante tópico fomentador, o que valida-se no fato de que, para armar a população, é preciso educá-la para tal. Nessa perspectiva, encaixam-se perfeitamente os exemplos da Finlândia, onde é preciso uma licença de compra; e da Alemanha, onde as leis de regulamentação são rigorosas para a posse e o uso de armas de fogo. Infere-se, portanto, que, para driblar os desafios da liberação do porte de armas, é imperativo que a população seja educada a portar armas de fogo, através de palestras e aulas práticas realizadas pelo exército. Concomitante, é importante que o poder legislativo crie um projeto de lei que regulamente o uso de armas, fazendo uma fiscalização rigorosa e impondo licença aprovada pelo exército a um cidadão para que ele realiza a compra e porte armas. Deve-se ainda esperar que o Governo Federal trabalhe profundamente para combater a entrada ilegal de armas no país.