Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Como driblar os desafios da liberação do porte de arma

Redação enviada em 12/01/2018

Muito se debate, hodiernamente, a respeito da proposta de revogação do estatuto do desarmamento que visa reduzir a idade para a compra de armas para 21 anos e também possibilita que pessoas com antecedentes criminais possam adquirir armas. Apesar de 63% da população ter se posicionado contra a proibição da venda de armas no referendo de 2005, acreditar que a liberação é a melhor saída para este cenário é um equívoco, pois além de a nova proposta não trazer garantias de mudanças que vão realmente beneficiar o cidadão de bem com segurança, ela ainda, se aprovada, provocará uma onda ainda maior de crimes e o Estado pode perder o precário controle que ainda exerce sobre os crimes envolvendo armas de fogo. Assim parece ser porque, segundo o criminalista Jader Marques ter uma arma em casa ou no carro induz uma falsa sensação de segurança: "É apostar em uma solução violenta. Os riscos são enormes, tanto de acidentes quanto de reações fatais." De acordo com isso fica mais fácil observar que ao armar a população pequenas desavenças como brigas no trânsito, desentendimentos com vizinhos ou brigas entre casais, por exemplo, podem se tornar grandes tragédias em um momento de fúria. Além disso, os índices de acidentes domésticos envolvendo crianças são alarmantes no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 5 mil crianças morrem desses acidentes e 100 mil ficam hospitalizadas anualmente. Números esses que podem ser gravemente ampliados com a presença de armas de fogo em casa. Sendo assim, percebe-se que dar o direito ás pessoas ao porte de armas é uma escolha completamente erronia quando se trata de garantir a segurança da população, pois cabe ao Estado garanti-la por meio de mais policiamento, leis mais rígidas e mais fiscalização e não apenas transferir sua responsabilidade fazendo com que os cidadãos tenham que garantir sua própria segurança por meio de armas de fogo, podendo a qualquer momento cometer um crime, o que só agravaria a dificuldade que o Estado já tem em promover a segurança, como concorda o coordenador de advocacy do Instituto Sou da Paz ao rebater diante do argumento de que a liberação do porte de armas poderia servir para que cidadãos protejam suas famílias e seus bens: “todo mundo é cidadão de bem até a hora em que cometer um crime, todas as pesquisas publicadas em todos os jornais demonstram correlação entre aumento de circulação de armas e a letalidade violenta” Portanto, nota-se que a revogação do estatuto do desarmamento traria apenas mais problemas para o Brasil, acarretando a falta de segurança e o menor controle dos crimes, bem como o aumento de tragédias por motivos banais. Sendo assim, medidas são necessárias para resolver o impasse, como, por exemplo, o Ministério da Educação (MEC) poderia elaborar palestras nas escolas, ministradas por professores que incentivem a ética e a moral nas crianças para que sejam incentivadas desde pequenas a fazer o correto, pois como dizia Imannuel Kant: "O ser humano é aquilo que a educação faz dele." Além disso cabe ao Poder Legislativo criar leis mais severas e ao poder Judiciário garantir que todas essas leis sejam realmente cumpridas, Cabe também ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJC) organizar campanhas juntamente com a mídia e seu grande poder inflluenciador para ressaltar que o desarmamento civil é a melhor escolha para o país.