Augusto Cury disse que “frágeis usam a violência, fortes usam a inteligência”. Contudo, no contexto brasileiro, observa-se que há a incessante propagação da ideia de que violência se combate com violência. Dessa forma, o pensamento de Cury é completamente descartado por conta da ameaça da agressão no dia-a-dia da população. A priori, deve-se destacar que, em países que o porte de arma é liberado e a violência realmente diminuiu, como a Alemanha, por exemplo, a qualidade de vida da população é relativamente mais alta e a renda per capta não sofre uma variação tão grande como no Brasil. Logo, essa diminuição se deve mais ao fato de que a realidade daquele local traz um sentimento de segurança social e econômica. Ademais, nos Estados Unidos, onde há uma maior desigualdade em relação aos fatores citados no exemplo anterior, o porte de armas gera um aumento no índice de homicídios e episódios como tiroteios até mesmo nas escolas. O episódio acabou por se tornar tão recorrente que gerou livros como “A lista negra” de Jennifer Brown e “Passarinha” de Katryn Erykine. Conseguinte, entende-se que a realidade brasileira não está, no momento, preparada para receber a responsabilidade do poder que o porte de armas carrega. Logo, para driblar esse desafio, é necessário que o governo federal, por meio de investimentos acerca dos programas que se encarregam desse problema, combata a entrada das armas de fogo no país para que civis não tenham esse acesso. Além disso, é importante que os meios de comunicação circulem a ideia de Cury em jornais, filmes, livros e sites, para que o senso comum não acredite na violência como primeira e única opção de retaliação para o perigo nas ruas.