O ser humano, ao longo de sua trajetória nesse planeta, foi o animal que, utilizando-se de suas características particulares, conseguiu subjugar todos os outros. Seu sucesso se deve, em parte, a sua irremediável curiosidade e ao seu ímpeto para obter sempre mais. Tais traços, quando aplicados em conjunto por grande número de pessoas e ao longo de muito tempo, permitem o desenvolvimento da espécie humana, que utilizando o próprio homem como medida para todas as coisas decide pelo que vale a pena lutar. Entre os caminhos que podem ser seguidos por um indivíduo ao longo de sua vida, o mais importante é aquele que, uma vez realizado, traz benefícios para ele e seus semelhantes. Trata-se de uma consonância entre os desejos individuais e as necessidades coletivas. Um cientista, por exemplo, ao obter satisfação pessoal pela perseguição de sua curiosidade, que o leva a alguma descoberta, também pode gerar um impacto positivo sobre a sociedade. Porém, igualmente potente é a aplicação desse ímpeto humano de forma egoísta. Inúmeras pessoas decidem, ao longo de suas vidas, lutar por coisas que exigem que se passe por cima de direitos, sentimentos e desejos alheios. Com isso, o resultado final é uma satisfação individual e perene, beneficiando apenas o ganancioso. Dessa forma, embora o ser humano seja um animal racional, também é, mais pronunciadamente, um animal emocional. O sendo, é passível de seguir caminhos que levem a satisfação pessoal momentânea. Momentânea, porém, é sua estadia nesse mundo, e as coisas pelas quais vale realmente a pena lutar são aquelas que, mesmo após a morte sua morte, resultaram em benefícios duradouros para a humanidade.