Título da redação:

Conquistas do Povo Brasileiro: Motivos para Continuar

Proposta: Coisas pelas quais vale a pena lutar.

Redação enviada em 03/08/2015

Em 2013, grande parte da população brasileira se mobilizou contra uma máquina administrativa que sucateia os serviços públicos e negligencia as necessidades de seu povo e a ancestral corrupção que a assola. Os brasileiros lutaram por meses e conseguiram algumas vitórias: propostas de emendas constitucionais foram votadas em conformidade com as reivindicações e muitas capitais congelaram ou reduziram suas tarifas de transporte público urbano. A luta do povo por um Brasil melhor deve continuar. Dois anos depois da série de eventos de 2013, o Brasil vive em instabilidade política. Em julho de 2015, o Congresso Nacional e a Presidência da República estão em desacordo; e a população não tem motivos para apoiar qualquer dos lados na disputa de forças. A maioria dos brasileiros não se sente representada nem pela Presidenta Dilma – que adotou a plataforma política de seu principal adversário nas eleições que a elegeram, ou seja, a plataforma política rejeitada pelo povo – nem pelo Congresso Nacional – cuja atividade legislativa é historicamente concentrada na satisfação dos interesses das grandes corporações, particularmente empreiteiras e financeiras, que financiam a campanha política de seus membros. Em um cenário político tão esmagador à população, esta se sente acuada e impotente, mas ela não deve esquecer sua verdadeira força, seus números e seu poder. A classe desprivilegiada da sociedade brasileira detém os números realmente massivos, capazes de pressionar a classe política à necessária reforma política, com objetivo de combater a corrupção histórica com a qual os brasileiros estão acostumados a lidar. A partir da reforma política, demais mudanças serão mais fáceis, incluindo a imprescindível reforma tributária, para taxar aquisições de bens conforme o patrimônio do comprador, em vez de taxar igualmente pobres e ricos. Essas mudanças dependem da cidadania organizada. Esta deve se reapropriar dos métodos de produção de conhecimentos, sequestrados pelas mídias controladas pelo governo e pelas grandes empresas. As revoltas ocorridas em 2013 tiveram como símbolo o uso positivo das redes sociais, formas de comunicação de massa que ligaram os brasileiros como cidadãos atuantes no cenário político revolucionário da época. A população tem o dever pátrio e moral de reerguer aquele levante, de lutar por representatividade política, por seus interesses. Isto deve ser feito na forma de uma coalizão com metas e diálogos capazes de alcançar e conquistar toda a população brasileira usando os meios de comunicação de massa como ampliadores de horizontes, como já foram usados em 2013.