Título da redação:

A era da banalização.

Proposta: Coisas pelas quais vale a pena lutar.

Redação enviada em 17/03/2017

Ao longo da história da humanidade tem-se observado muitas mudanças, progressos e retrocessos em toda a sociedade, e os mesmos muitas vezes vieram através de revoluções, lutas armadas ou reivindicações de direitos. Como um bom exemplo se tem a Revolução Francesa, onde a aristocracia vivia em luxo extremo e tinha poder absoluto, além de não fazer nada para o povo que na sua maioria vivia na miséria, sem liberdade de se expressar e, portanto, submissos à vontade dos aristocratas, era de extrema injustiça social. Foi com a Revolução Francesa no século XVIII que tudo mudou para o que conhecemos hoje, onde as pessoas nascem com seus direitos e liberdade para se expressar, mas essa liberdade tem limite? A liberdade foi uma conquista adquirida ao longo dos anos, assim como democracia e direitos trabalhistas. Porém, os indivíduos ao se expressarem acabam ofendendo, criticando, provocando, ferindo de modo verbal coisas importantes para outros indivíduos. Para qualquer sociedade a liberdade de se expressar é extremamente benéfica, porque será através dela que os cidadãos poderão participar sugerir ou criticar. O objetivo dessa liberdade é tornar o cidadão um ser “pensante”. Porém, observamos no Brasil, um equívoco em relação ao poder de se expressar, a televisão brasileira, por exemplo, ao se expressar, distorce notícias, condena pessoas, estimula a sensualidade precoce, a mentira, a nudez, a infidelidade conjugal, etc. Com a nossa formação ideológica temos o pensamento, a opinião pré-determinada, enraizada nos nossos modelos familiares, educacionais, culturais, não se esquecendo da educação escolar e da religião, o grupo e o meio social, assim, como as informações úteis ou não dos meios de comunicação. A nossa liberdade da fala deve respeitar os limites éticos, morais, sociais e familiares, deixando de lado, e não confundindo com a imoralidade, palavras de baixo calão, ou qualquer forma e pensamento destrutivo de conceitos como o respeito, a dignidade humana, as opções das pessoas, não tornando, portanto, um meio prejudicial e danoso. Essa expressão sem limite é absurda e não há como defendê-la filosoficamente. Para contrabalançar os exageros da liberdade costuma-se ouvir a frase, tida quase como um princípio: “a minha liberdade acaba onde começa a tua”. De tal forma que a banalização geral que tudo nos dias de hoje está se tornando a liberdade de se expressar e de agir é uma, onde o individuo acaba machucando verbalmente outro com a desculpa de que está no seu direito e nada pode fazer para mudar. Todo esse direito que conquistamos deve ser usado para o bem, e não, para a banalização de conceitos. Devemos preservar o respeito e a dignidade de outrem. Ela deve ser utilizada como fonte de orientação, informação, contribuição para o bem comum e para a educação, e não, para a degradação.