As classes sociais são criações do capitalismo necessárias à sua sobrevivência. E embora a desarmonia entre essas classes seja natural, como preconizava Mark, hoje as disputas entre elas chegam a ser perigosas. No Brasil, ricos desejam manter-se como tais e não aceitam competição. Essa é a maior ameaça à nossa estabilidade política e social. As classes sempre estão competindo entre si. Por exemplo, pobres procuram profissionalizar-se para competir melhor no mercado de trabalho. Esse comportamento, mesmo gerando desconforto a alguns, é saudável pois gera a modernização tecnológica e a melhora financeira geral da população. Economias capitalistas saudáveis como a Inglaterra e a Alemanha entenderam que a mobilidade entre essas classes deve ocorrer, por isso, investem em políticas de assistência social, a fim de manter a classe média. Devemos adquirir esse comportamento. Quando permitirmos igualdade de oportunidades, as classes sociais continuarão existindo, com suas diferenças econômicas, mas haverá estabilidade entre elas. Em nosso país, as classe sociais se desenvolveram com uma grande distância econômica. Brasileiros ricos são milionários e os pobres, miseráveis. O monopólio da maioria das riquezas, na mão de poucos, aumenta a desigualdade social e diminui as oportunidades de mobilidade social. Dessa forma, as classe sociais brasileiras conflitam mais entre si que as de outros países. Enquanto for permitido essa má distribuição de renda, o país poderá evoluir tecnologicamente, mas a população não acompanhará. É necessário aumentar a qualidade de vida da maioria dos brasileiros. Para diminuir as distâncias, entre as classes sociais, no Brasil, é necessário investir em políticas assistencialistas. Esses estímulos financeiros melhoram a condição financeira das famílias, permitindo que elas elevem seu padrão como profissionais e cidadãos. Programas como o Bolsa Família são válidos e devem ser mantidos e expandidos, dando assistência entre outros aspectos, como: acesso a arte, leitura e recreação. Assim, alcançaríamos a estabilidade entre as classes sociais. Harmonizando os setores populares, chegaríamos à estabilidade maior, a política.