Segundo a filósofa Marilena Chaui, há na sociedade brasileira a priorização do "aparecer social em oposição ao ser". Esse contraste de valores advém da subdivisão do povo em classes. A discussão sobre a estrutura social brasileira é rasa, pois ela compartimenta os dois principais eixos de sustentação da nação; para assim, manipular as massas com ideologias que supervalorizam o dinheiro e o conhecimento para poucos. Tal valorização exacerbada do dinheiro é vista por meio dos diversos incentivos, como aumento do limite de crédito no cartão, ao consumo irracional dados pelo eixo proprietário. Essas motivações manipulam a elevação da autoestima popular, isso porque fazem as pessoas acreditarem que um maior poder de consumo eleva suas posições na "pirâmide de classes". Entretanto, isso é uma falácia, porque um maior poder de compra não modifica a estrutura a qual mantém os polos sociais; estes caracterizados pela carência e o privilégio. Além disso, a repetição da ideologia neoliberal do polo dominante oprime o eixo proletário. Este se vê preso ao paradigma da não discussão. É a propagação do velho ideal de quem não quer uma multidão pensante: religião, política e futebol não se discute. Essa dominação cultural mantém os privilégios da minoria proprietária e a carências da maioria proletária. Portanto, é preciso quebrar as correntes as quais prendem a nação em um discurso raso. O ensino escolar é fundamental para tornar a maioria dos cidadãos seres capazes de exercer com criticidade sua cidadania. Por meio da história e da geopolítica é possível entender como a economia influência a estrutura social do brasil. A partir disso o povo obterá o conhecimento para cobrar do governo a tão necessária reforma tributária para exterminar a concentração de renda e de privilégios.