Desde seu descobrimento, o país testemunha a desigualdade nas relações de classe entre seu povo. Outrora, negros e escravos; hoje, favelados e marginalizados,a sociedade continua a pré julgara partir de esteriótipos gerando subcidadania e invisibilidade social.Em contrapartida, a senzala avança em seu processo de alfabetização rumo a Casa Grande. Embora lentas e graduais, as mudanças de padrões sociais já começaram a ocorrer.É cada vez mais comum que pobres e ricos, negros e brancos frequentem os mesmos lugares ,contudo isso não significa que sejam considerados e respeitados como iguais. O elitismo existente faz com que algumas pessoas ainda resistam às mudanças e atribuam características pejorativas e sub cidadãs a grupos considerados “diferentes”. Iguais perante a lei e diferentes frente a sociedade, todas as classes tem direito a dignidade. A antiga, não obstante ainda atual busca pelo reconhecimento de direitos tem gerado frutos, tais como a regulamentação do serviço doméstico e o pagamento de benefícios . Com isso, a relação de trabalho que era de intimidade familiar, hoje ganha ares igualitários,o que possibilita maior mobilidade social. Ainda que lenta, as transformações ocorridas têm potencial para ir mais longe.Agora, que o primeiro passo foi dado, cabe ao governo fiscalizar, manter e até expandir sua participação no cotidiano social do país, através de políticas públicas especificas que visem melhorar a vida da população . Entretanto, à mídia de massa cabe um importante papel, que é selecionar programas educativos e produzir ficções engajadas de cunho sócio-cultural a fim de que gerem o senso crítico popular acerca dos direitos e deveres de cada cidadão.