Título da redação:

Educação: a base para uma sociedade igualitária

Proposta: Classe social: a estrutura para a estabilidade econômica e política de um país.

Redação enviada em 24/07/2015

“O Brasil, último país a acabar com a escravidão, tem uma perversidade intrínseca na sua herança, que torna a nossa classe dominante enferma de desigualdade, de descaso.” A máxima de Darcy Ribeiro, embalsama as ideias que configuram o atual sistema brasileiro, onde, as classes sociais são regidas por dominâncias e consequentemente formando, de modo simples e sintético, a estruturação das desigualdades sociais. Dessa forma cabe analisar, os reflexos que essa estratificação tem sobre a sociedade, envolvendo o viés cultural e sistemático da atualidade, com vista a mudanças desse panorama. Em primeira análise, é interessante ressaltar que o Brasil, por ser um país multicultural, teria uma maior possibilidade de não haver tantas divisões. Entretanto, o que convém desde o período colonial se reflete em tempos atuais. Onde a classe pobre e negra serve como uma base para uma negativa pirâmide social. Como prova, percebe-se tal fato nos indicadores de Desenvolvimento, os quais mostram que os menores salários e a maioria dos moradores de periferias e favelas vêm desta classe em questão. Entretanto, se vê, na contemporaneidade, um incentivo governamental para uma ascensão de classe. Proporcionando uma maior facilidade de compra, com prazos acessíveis, promovendo um maior poder aquisitivo. Assim, ao evidenciar o baixo número de pessoas dessa “base” em centros universitários, observa-se que o sistema educacional é regido por uma pluralidade de defasagens que convergiram para segregar a educação. Reitera-se isso a partir dos cursos mais conceituados, como medicina, que por enumeras vezes o percentual de alunos de classe alta é unanime nas salas. Ratifica-se, portanto, que não deve haver estratificação social, essas, que influenciam diretamente nos índices negativos do país. Para isso, é necessário que haja uma intensificação dos investimentos em educação, que se deve começar a partir de uma maior ampliação de programas educacionais, como a lei de cotas, para universidades federais, e Prouni (Programa Universidade Para Todos) com bolsas em faculdades privadas. Assim, toda essa conjuntura educativa sendo realizada, juntamente com programas sociais, como bolsa família, ajudaria a diminuir tal situação presenciada no país. Pois, como já dizia o renomado educador Paulo Freire, “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”.