No que se refere à estrutura de classes sociais no Brasil, pode-se afirmar que ao mesmo tempo em que confere estabilidade política e econômica ao país ela também promove a segregação e preconceito na sociedade. Isso se evidencia não só pelos trabalhos pesados serem tipicamente realizados por cidadãos das classes menos favorecidas, como também pelo esterótipo da classe baixa que existe na sociedade brasileira. Setores como a construção civil e a siderurgia, que são vitais para o desenvolvimento da economia e das cidades, demandam muitos operários. Por serem serviços pesados acabam sendo ocupados por cidadãos de pouca riqueza e prestigio social que, muitas vezes por falta de outras oportunidade, trabalham duro para sustentar suas famílias e são chamados de "peões" pela sociedade, sua importância não é reconhecida. Somado a isso, há o estereótipo da pessoa de classe baixa que é amplamente difundido na televisão: negro, morador de favela, gosta de funk. Essas características são vistas de forma pejorativa pelas classes de maior prestígio na sociedade que, além de explorar, usam seu poder para oprimir a cultura dos menos favorecidos. É preciso, portanto, que o governo invista em políticas de distribuição de renda entre a população e, com o apoio de ONG'S, realize palestras e rodas de conversa sobre a diversidade social e a importância de valorizar todas as profissões. A mídia, por sua vez, deve promover a desconstrução do estereótipo do pobre que vigora na teledramaturgia.