A sociedade contemporânea vive suas instabilidades e problemas conforme todo o sistema espera que seja. Em tempos de crises as classes sociais são vistas e interpretadas de maneiras diferentes. Onde quem detém o poder quer seu restabelecimento financeiro e quem vive em classes desfavorecidas veem a busca por uma vida melhor ainda mais distante. A desigualdade é palavra relevante quando se fala de capitalismo, pois é componente que alimenta esse sistema e dita a forma de administrar e legislar no país, que desde o surgimento da luta pelo bem estar social, efetivado na CF/1988, busca o desenvolvimento de ações afirmativas para a redução das desigualdades, mas ao se estimular a ascensão de determinados grupos sociais pelo simples fato financeiro, o mesmo pode vir a cair num ciclo vicioso do consumismo, estando este ligado estritamente ao capitalismo que tem como seu principal resultado a diferença de classes, onde o rico tem poder e dinheiro e o pobre luta para sobreviver. A busca da ascensão econômica de classes e a balança financeira do país dificilmente entram em campo juntas, pelo fato de estarem em sentidos opostos, onde de um lado o estado que hoje é governado pelas empresas e multinacionais busca a qualquer custa o movimento da maquina financeira e do outro a parcela desfavorecida que ao ter a falsa ascensão social se endivida ao tentar afirmação do status social, contribuindo ainda mais para o jogo capitalista da classe dominante. No ramo político nunca se discutiu tanto a questão de poder "esquerda x direita" após a ditadura militar, em que o pobre manipulado é contra a classe dominante, porém isto tem tem sido usado de forma maliciosa e errônea, tornando-se massa de manobra eleitoral, onde nas casas legislativas o que se vê são brigas partidárias e não a busca pelo interesse público comum. Diante disso o tão sonhado equilíbrio econômico e político vai ficando em segundo plano, pois não serve de combustível para o sistema no qual vivemos e que tem seus vícios e "dedos" fixados nos diversos poderes que ditam a economia e política. Ou seja, enquanto não houver uma equidade de educação, poder e participação política realmente efetiva, a classe social será a chave mestra.