As diferenças socioculturais, que percorrem os indivíduos e seus grupos no qual estão inseridos, fizeram com que sociólogos, ao longo dos contextos históricos, pensassem e refletissem sobre uma maneira de organizar essas variações em conceitos simples de fácil compreensão. Contudo, com a inclusão do processo de globalização nos diversos países continentais e a constante instabilidade dos indivíduos nas mudanças de seus status sociais, fizera com que esse simples procedimento de conceituação tivesse obstáculos a serem confrontados. Será que ainda há casos dessas problemáticas, nos dias atuais, nesse mundo extremamente globalizado? Karl Marx tivera como um dos seus estudos vitais as camadas sociais, definidos como uma divisão explícita do trabalho: os donos industriais e o trabalhador, que estava submetido aos empresários. Essa afirmação do sociólogo é justificável pelo contexto, que era a 1º revolução industrial, período de grande alienação e exploração dos operários. Já Weber, por ser um estudioso contemporâneo, definiria as classes como divisões feitas a partir dos status individual e seu prestígio no espaço, e, por ser um estudo mais recente, é o conceito mais difundido nas sociedades globais. Na ideologia atual, as classes podem ser classificadas em A, B, C e assim por diante, uma vez que, quanto mais distante da primeira divisão (A), as camadas possuem menores riquezas. Porém, com a análise desse sistema, é possível destacar uma contradição, enquanto é simples descer as camadas sociais, mais complexo é subir as classes, ou seja, no ambiente capitalista, é mais difícil adquirir capital e mais fácil perde-lo, processo este denominado entropia financeira. O modo interpretativo da sociedade sobre si mesma é determinante para o autoconhecimento dos indivíduos na própria classe inserida, o que já era determinado por Marx. A mídia como meio de propagador de culturas e das diferentes classes é importante para o expectador em reconhecer a sua camada social. Também a ação dos governantes e das ONGs para o investimento no meio escolar, cultural e acadêmico é essencial para a melhor formação do indivíduo e fazê-los em pessoas conscientes, que saibam realmente a sua função em cumprimento dos direitos civis, políticos e humanos.