Título da redação:

A esperança é a última que morre

Tema de redação: Classe social: a estrutura para a estabilidade econômica e política de um país.

Redação enviada em 15/09/2015

“A desigualdade corrói a virtude cívica”. Essa frase do renomado filósofo e professor de Harvard, Michael J. Sandel, resume com precisão o que as desigualdades socioeconômicas provocam: uma sociedade desestruturada e as maiores virtudes do ser humano, o direito à vida digna e à felicidade, inabilitadas para serem corriqueiras. O que se observa na história da sociedade cívica é sempre um grupo mais forte – que não necessariamente é o maior – se sobressaindo sobre um grupo mais frágil. Na atualidade os acontecimentos não têm sido diferentes; sejam eles: política, orientação sexual, crença religiosa, e, principalmente, desigualdades econômicas. Contudo, aderindo à tese defendida por Augusto Cury, célebre escritor e psiquiatra, a qual ele alega que o ser humano nasce neutro e a sociedade o molda, é possível afirmar que não é nato da espécie humana ser, ou não, gananciosa e movida, instintivamente, em busca de poder. Assim, embora as desigualdades sempre estiveram presentes na sociedade, há sempre a esperança de um amanhã melhor. O Brasil, que teve sua Independência e instauração da República graças aos interesses da elite burguesa, conta hoje, ainda que com falhas, com um sistema democrático de eleição, onde é o povo quem decide seus representantes. Esse fato serve de motivação para crer numa evolução da espécie humana em busca de, verdadeiramente, um mundo melhor. Portanto, ante o exposto, nota-se que as desigualdades estão presentes desde sempre, o que não significa necessariamente que elas vão continuar a existir. Embora com um processo lento e ainda cheio de lacunas, a população está buscando e conquistando maiores direitos. Isso é o que deve continuar acontecendo, e para isso é preciso – mais uma vez – de uma educação de qualidade para todos, para que se possa ter o conhecimento e adquirir mais humanidade.