Inegável que o ser humano, para ter uma melhor qualidade de vida, sente a necessidade de conviver em um sistema social. Por outro lado, é perceptível que tal sistema ocasiona desigualdades entre os próprios indivíduos que o compõe, originando, assim, uma fragmentação social. Tal fragmentação tem por base a divisão do poder – seja econômico ou informacional - e só será atenuado por meio de uma forte política educacional que dê, efetivamente, condições de ascensão para todos os cidadãos. Pois bem, a segmentação econômica do seio social é nítida, afinal, o capitalismo é o sistema que rege toda a economia. Poucos são detentores de grandes posses e, por outro lado, um número exorbitante de pessoas passa por privações materiais. É certo que os programas de distribuição de renda do governo – a exemplo o Bolsa Família - vêm abrandando essa situação, no entanto, tal projeto está longe de ser a melhor solução para um País que pretende o desenvolvimento em longo prazo. Ademais, a opressão informacional possui grande relevância na cisão social. No instante em que oprimem a população com suas crenças e modalidades de vida, os detentores do poder informacional ocasionam uma violência cultural aos demais grupos, segregando os indivíduos que não seguem a mesma linha de pensamento, fazendo com que esses pequenos aglomerados percam sua identidade ao longo do tempo. Por outro lado, a educação apresenta-se como um meio de diminuir essas diferenças sociológicas. O indivíduo devidamente educado tem acesso à informação, não se deixando influenciar facilmente por outras linhas de pensamento e, além disso, terá mais chances de alcançar o poder econômico, fazendo surgir uma linha mais equânime entre os indivíduos. É perceptível que os sistemas sociais mais desenvolvidos do mundo proporcionam um bom nível de educação aos seus indivíduos; as diferenças subsistem, no entanto, apresentam-se de forma mais tênue. Como exemplo, cita-se a Dinamarca. À vista disto, se faz notória que a fragmentação social possui relação direta com a carga educacional de uma nação. Assim, quanto menos instruído um país, mais as desigualdades sociais serão percebidas. Portanto, o meio de controle da estabilidade social passa pela educação.