A revolta da vacina, durante a república velha, é caracterizada pela revolta da população contra a vacinação obrigatória, oriunda de uma precária educação fornecida pelo Estado no tocante à saúde. Tal malefício advindo da falta de informação ainda é presente no mundo hodierno, evidenciado nas mais diversas formas de atitudes cotidianas, como a automedicação e a cibercondria, isto é, o indivíduo passa a pesquisar indicações médicas na internet acerca de seus sintomas sem um acompanhamento profissional, na qual teve uma aumento gradativo após a Revolução Industrial e, assim, doenças derivadas do uso excessivo de remédios e indicações médicas de terceiros, muitas vezes de desconhecidos, estão, gradativamente, mais comuns. Esse panorama, explicita a necessidade de condutas mais arrojadas do Poder Público e da sociedade em geral com o escopo de mitigar essa secular negligência com a saúde. De fato, apesar de o país dispor de instituições hospitalares, as quais se encontram em péssimas condições, que oferecem prescrições médicas para a compra do remédio, a população insiste em obter informações na internet, muitas vezes, sem uma consulta para lhe direcionar a devida causa de seu problema. Nesse contexto, percebe-se que o sistema falho de saúde pública corrobora com o hábito da automedicação, que é utilizada por cerca de 21% dos jovens menores de 16 anos - segundo o ICTQ (instituto de pós-graduação para profissionais do mercado farmacêutico). Quadro esse influenciado, principalmente, por uma negligencia do Poder Público para com a educação. Acresça-se, ainda, que muitas instituições formadora de opinião, como escolas e universidades, por exemplo, não promovem debates acerca dos malefícios de ingerir remédios sem a prescrição médica. Além disso, as farmácias e estabelecimentos que vendem medicamentos não exigem um atestado que comprove a doença da pessoa. Sob esse viés, é notória a importância de uma educação por parte da família, conforme citado por Benjamin Franklin " Investir em educação rende sempre os melhores juros". Seguindo essa linha de raciocínio, a sociedade de maneira geral tem grande potencial em atenuar a Cibercondria. Dessa forma, a fim de contrariar os dados do ICTQ e diminuir a problemática, compete ao Poder Público, do âmbito municipal ao federal, criar, por intermédio de leis criadas pelo poder judiciário, instituições focalizada apenas em aconselhar medicamentos adequados com base nos sintomas dos pacientes, que serão acompanhados profissionalmente, e redirecionar verbas para hospitais públicos, o que facilitaria o atendimento ao paciente, com o propósito de tornar a população mais saudável. Ademais, cabe às escolas e famílias promover, por meio de encontros diários, debates acerca das consequências da automedicação, a fim de conscientizar seus descendentes para que casos preocupantes, como o da revolta, não venham a ocorrer.