Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Ciberativismo: Ferramenta de protesto ou falso ativismo?

Redação enviada em 28/10/2016

No Brasil, em julho de 2013, eclodiram uma série de revoltas populares intituladas Manifestações dos 20 centavos que ganharam proporções globais e participação de milhares de pessoas devido a propagação “viral” no meio virtual. Hoje, o que se vê é a potencialização da internet como ferramenta de um ativismo social e globalizado especializado na propagação de informações de interesse coletivo. Nessa perspectiva, observa-se a importância das redes sociais para consolidação da democracia, mesmo que por vezes sejam acometidas pelo falso revindicalismo. Embora muitos afirmem que a internet diminui o poder dos protestos por torna-los cada vez mais individualistas, nota-se que a maior contribuição dessa ferramenta é abrir espaço para manutenção da democracia. Uma vez que, no século da integração global, as notícias fluem rapidamente, permitindo que informações de interesse geral sejam extremamente difundidas e discutidas. Em virtude disso, torna-se comum reivindicações populares que se constroem no meio virtual eclodirem presencialmente como no Irã, por exemplo, em 2009, onde o Twitter se mostrou um importante campo de batalha no ambiente virtual, após a reeleição suspeita de fraude, do então presidente. Contudo, é importante salientar os fatores que evidenciam os limites da militância virtual. Visto que, em vários casos, as redes sociais servem apenas para difundir aptidões individuais, restringindo o campo de contato com pessoas que tenham ponto de vistas diferentes, enfraquecendo assim o coletivo. Outro fator alarmante, é que nem sempre as reivindicações cibernéticas são eficazes, pelo fato de que os abaixo-assinados online ainda são recebidos pelo governo apenas como sugestões de iniciativa legislativa, segundo o artigo 5º da Constituição Federal que não valida o processo. Fica claro, portanto, que os efeitos positivos do ativismo virtual para a sociedade superam as implicações limitantes dessa prática. Para tanto, é fundamental que o Legislativo efetue medidas parlamentares que garantam a constitucionalidade das petições virtuais, a fim de que essas tenham o mesmo valor dos pedidos convencionais. Ademais, é necessário desenvolver uma consciência coletiva nos usuários das redes sociais, para isso, as escolas devem propagar, por intermédio de projetos de educação política e social com profissionais capacitados, o poder que a mídia de massa possui, seja para derrubar ditadores ou espalhar correntes do bem. Ainda convém lembrar, da importância de órgãos como a União Nacional dos Estudantes na trajetória política do Brasil, por isso, é válido garantir que a internet permita a livre participação dessa e de outras entidades objetivando fortalecer a democracia. Somente assim, será possível resolver esse impasse.