Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Ciberativismo: Ferramenta de protesto ou falso ativismo?

Redação enviada em 19/09/2016

Na democracia grega, todo cidadão teria direito à isegoria, isto é, o poder de expor opinião sobre ações que a sociedade deve ou não realizar. Atualmente, com a revolução da informação pôde-se perceber uma ampliação desse direito, visto que a internet, como meio de comunicação em massa, possibilitou para as pessoas de todas as classes e lugares, não apenas expor opiniões publicamente a partir das redes sociais, como também as mobilizar para ações dentro ou fora da rede, algo que vem sendo popularmente chamado de “ativismo de sofá”. No entanto, esse tipo de ativismo envolve críticas e opiniões divergentes sobre a sua relevância para o progresso social. É fundamental, portanto, analisar o tema, para entender melhor seu significado nas mudanças sociais e políticas da atualidade. É notável a importância que as redes sociais têm nos movimentos ativistas atuais, basta navegar em sites como o facebook ou o twitter, para se deparar com a prática de ativismo político, social, ecológico, entre outras variedades de causas nas quais todos são livres para se engajar, mesmo que seja em comunidades eletrônicas. Além disso, essas redes proporcionam aos seus usuários uma comunicação instantânea e de qualidade, o que torna prático o ato de organizar e divulgar os protestos. Tais informações ficam claras ao analisar os movimentos ativistas de 2013 em São Paulo, onde milhares de pessoas confirmaram presença pelo facebook nas marchas contra o aumento da passagem de ônibus, que também puderam ser acompanhadas em tempo real pelo twitter, através de publicações feitas pelos próprios manifestantes. Por outro lado, apesar do “ciberativismo” se mostrar importante nesses movimentos, ainda existem aspectos negativos a serem observados sobre esse assunto. Estudos da área social traçaram o perfil dos “ativistas de sofá”, e os definem como pessoas que participam de uma causa fazendo o mínimo possível de esforço e que não estão realmente engajadas numa real mudança, para eles são pessoas que buscam erguer o seu ego e estabelecer a sua zona conforto. É bem verdade que o ativismo digital reduziu os custos com publicidade e tornou mais fácil encontrar apoio aos movimentos, mas somente isso não é suficiente. Diante do exposto, faz-se necessário perceber que a internet é uma excelente ferramenta de ativismo, mas que deve ser usada adequadamente. Portanto, medidas por parte das escolas e dos usuários da rede são necessárias para solucionar essa situação. Cabe às escolas promover senso crítico aos alunos sobre os assuntos políticos e sociais da atualidade, utilizando de aulas, debates e plataformas digitais abertas para discussão online, desse modo, os alunos enxergariam as causas ativistas com mais seriedade, possibilitando algum progresso social futuramente. Além disso, os usuários das redes devem criar uma postura mais dedicada em relação ao ativismo digital, saindo um pouco mais de sua zona de conforto, discutindo com pessoas com pensamentos distintos e criando mobilizações que não se limitem as suas casas. Assim, teremos uma sociedade mais democrática e participativa nos progressos sociais.