Título da redação:

Para manifestar não basta só divulgar

Proposta: Ciberativismo: Ferramenta de protesto ou falso ativismo?

Redação enviada em 23/07/2016

Com a democratização do acesso à internet e a presença das redes sociais, às pessoas passaram a consumir muitos conteúdos e os transpor online na forma de opiniões e ideologias. Essa nova possibilidade de expor um pensamento e mostrar a todos seu ponto de vista em variados assuntos, gerou recentemente o termo ciberativismo, que consiste em manifestar-se pelas causas sociais na internet. Porém, dentro deste cenário criou-se um problema: o desequilíbrio entre apenas compartilhar e se manifestar. É indiscutível o quão as redes tem impacto favorável na expansão de informações, nota-se isso no protesto com nome popular de "o gigante acordou" em 2013, onde as redes foram uma ferramenta indispensável na interlocução dos manifestantes, que também as ajudou na organização e na convocação das pessoas para o manifesto. No entanto, hoje em dia a web vem diminuindo essa concentração nas ruas, uma vez que vários internautas se preocupam em discutir, compartilhar e se impor somente no meio virtual, fazendo com que ideias sejam vistas, mas não executadas. Diante disto, hoje em dia vemos um grande desequilíbrio, pois há muita repercussão na internet que não está chegando nas ruas, que é onde a sociedade vive e onde realmente vai fazer diferença. Exemplo disso foi a grande comoção virtual no protesto "fora Dilma", que atingiu até sites internacionais como o do New York Times, e que perderam no número de pessoas que estavam na frente do senado expondo cartazes e gritando suas opiniões. E isso é prejudicial, já que para uma revolução surtir efeito além de atingir toda a sociedade ela deve, também, chegarem às autoridades que governam o país. Portanto, é evidente que a internet ajuda os cidadãos a ser mais pensante em prol das causas sociais. Contudo, em 2016, vemos que apenas pensar e divulgar não são eficientes em um mundo que exige mudanças rápidas na sociedade e na política. Em razão disso a mídia e influenciadores da internet, que são os interlocutores mais próximos dessa geração y, devem demonstrar a partir de ações como transformar as redes sociais em apenas uma ferramenta para se organizar e buscar ideias que aí sim deverão ser executadas nas ruas ou em projetos reais.