Título da redação:

Necessita-se de ativismo virtual, mas também real

Tema de redação: Ciberativismo: Ferramenta de protesto ou falso ativismo?

Redação enviada em 31/07/2016

Devido à ascensão da tecnologia de informação nas últimas décadas, o uso das redes sociais para diversos fins cresceram de forma significativa. Elas são fontes aliadas à comunicação, interatividade e distribuição de conhecimentos e ideais. Mesmo assim, é necessária a participação do cidadão fora da web, para que esse efetue de forma crítica a sua função social. Por isso, o ciberativismo deve condizer com o engajamento populacional no mundo físico. As redes sociais permitem o compartilhamento rápido de diversas realidades e ideologias. Isso dificulta a permanência de pensamentos uniformes na sociedade, o que acarreta a redução da alienação social. Um exemplo é como o Facebook e o Youtube ajudaram a mobilizar a população turca contra o regime autoritário do presidente Erdogan. Para ele, esses meios de ciberativismo configuram uma "ameaça a sociedade", já que as causas de interesse dos cidadãos ganham força e adesão em rede. De forma análoga ocorreu a Primavera Árabe, cuja função foi essencial para muitos países orientais. Por isso, o ciberativismo é uma forma de protesto ampla, forte e plural. Apesar disso, o verdadeiro social de um indivíduo é desenvolvido pela sua participação no mundo físico e não no virtual. Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, as redes sociais também podem ser um perigo, quando não há interação e diálogo real. Isso pode significar apenas a exposição de opiniões na web, sem voz ativa e compromisso com os ideais defendidos. Quando isso ocorre, o cidadão provavelmente estará “acomodado” no engajamento socioeconômico e político. Assim, um bom ativista deve ter suas ações virtuais condizentes com o seu posicionamento no mundo real. Portanto, é notável a importância do ciberativismo no mundo desde que ele influencie a reais participações sociais. Dessa forma, os civis devem se mobilizar nas redes e nas ruas para amplificar e fortalecer seus movimentos, bem como promover a procura por seus direitos com persistência. Ademais, as ONGs podem expressar os diversos anseios sociais apresentados perante o Estado, como o fim da desigualdade, do racismo e destruição ambiental. Também, algumas instituições privadas são capazes de apoiarem com voz ativa e capital se realmente interessadas nos projetos sociais, garantindo força à eles. Assim, o ciberativismo em conjunto com o real engajamento social se tornará uma poderosa ferramenta de protesto e reivindicação.